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Estado de Minas

Bolsas europeias, beirando recordes, antecipam impacto limitado do coronavírus


postado em 14/02/2020 15:19

As bolsas europeias, relativizando o impacto do coronavírus, tiveram uma dinâmica favorável nessa semana graças aos fluxos de liquidez, aos bons resultados e a dados alentadores, uma evolução que deveria prosseguir nos próximos dias.

"A resiliência do mercado é excelente", e ele se recusa a "ver o copo d'água meio vazio", disse à AFP Guillaume Garabedian, responsável pela assessoria de gestão Meeschaert Gestion Privée.

Embora os anúncios sobre a epidemia COVID-19 - que deixou 1.400 mortos e cerca de 64 mil contaminados, principalmente na China - tenham provocado quedas pontuais dos índices, isso não lhes impediu de alcançar novos recordes nesta semana.

"Atualmente não temos um fator de valorização preciso que nos permita dizer que a situação da epidemia vai piorar na China", afirmou Garabedian.

Os mercados acham que, provavelmente em fevereiro, os casos do coronavírus vão começar a diminuir, avalia Esty Dwek, diretora de estratégia de mercado da Natixis IM Solutions.

Soma-se a isto um pano de fundo favorável. "Os mercados americanos vão de recorde em recorde, os bancos centrais estão aí, há perspectivas de planos de relançamento" na China e na Europa e as empresas continuam a comprar suas próprias ações, garante.

"Temos uma rede de segurança procedente dos bancos centrais ou de governos que, de forma geral, têm muita vontade de prolongar este ciclo" econômico", afirma Dwek.

- Desaceleração econômica contida -

Para Garabedian, as próximas semanas devem manter a tendência de alta, "exceto em um choque exógeno realmente impactante".

"Não será possível recuperar tudo no primeiro trimestre chinês porque há toda uma parte de gastos e viagens para o Ano Novo chinês que não terão acontecido", disse Dwek.

Garabedian concorda e garante que haverá "prejuízos não recuperáveis, sobretudo no setor aéreo, de turismo e hotelaria".

Este fenômeno pode ter consequências mais sensíveis na Europa, mais exposta à demanda chinesa que os Estados Unidos.

Se tivermos uma "desaceleração contida, e o essencial do prejuízo de consumo na China e no mundo sejam compensados no segundo e no terceiro trimestres, não haverá perigo", relativiza Garabedian.

Neste sentido, os indicadores que serão publicados nas próximas semanas, sobretudo os índices de atividade de fevereiro na zona do euro e nos Estados Unidos, serão determinantes.

"Os dados econômicos resistem bastante bem, nos Estados Unidos em particular", diz Dwek, e os "resultados de empresas são ainda melhores". O impulso constatado desde o fim de 2019 poderia ter uma "pausa", mas este vírus "não vai parar", garante esta analista.

Contudo, se a epidemia do coronavírus se tornar um problema mais longo, de meses, e paralisar a economia por mais tempo que o previsto, não se pode excluir uma correção de 4% a 5%, prevê Garabedian.


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