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Estado de Minas

Ex-funcionários dos EUA criticam Trump por política externa "amoral" e "ilegal"


postado em 13/02/2020 14:55

O ex-chefe de gabinete da Casa Branca e a antiga embaixadora americana na Ucrânia, que foi figura chave no julgamento político contra Donald Trump, fizeram fortes críticas ao presidente dos Estados Unidos por sua política externa "amoral" e "ilegal", que o levou a ser julgado num processo de impeachment.

Em um inusitado discurso na última quarta-feira, o general aposentado John Kelly, que foi chefe de gabinete da Casa Branca entre 2017 a 2019, defendeu o assessor de segurança nacional Alexander Vindman, que testemunhou contra Trump na Câmara de Representantes durante o julgamento político, e que foi despedido na última sexta-feira em uma suposta represália.

Vindman emitiu um informe após escutar Trump falar por telefone em julho com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e exigir uma investigação contra Joe Biden, o seu possível adversário na disputa eleitoral à presidência.

Esse oficial do exército reagiu como deveria fazê-lo ao escutar "uma ordem ilegal", disse Kelly, em um discurso na Drew University em Nova Jersey, segundo o "The Atlantic".

"Nós ensinamos a eles: 'Não sigam ordem ilegais. E se alguma vez receberem uma, devem dizer a quem lhes disse ela que se trata de uma ordem ilegal e depois dizer aos seus superiores", ressaltou Kelly.

Por sua vez, a ex-embaixadora de Washington na Ucrânia, Marie Yovanovitch, comentou que a política externa de Trump é "amoral" e disse que é baseada em ameaças.

Yovanovitch, que foi retirada de maneira abrupta do seu cargo em maio do último ano por Trump, fez essas declarações na quarta-feira em um evento na Universidade de Georgetown, onde recebeu um prêmio do Instituto para o Estudo da Diplomacia.

"Nesse momento, o Departamento de Estado está com problemas", declarou. "Os altos funcionários precisam de visão política, clareza moral e habilidades de liderança".

"Sejamos sinceros, uma política exterior amoral (...) que conquista a confiança por meio de ameaças, medo e confusão não pode funcionar a longo prazo", declarou Yovanovitch.

Em outubro, Yovanovitch testemunhou diante do Congresso que foi demitida do serviço por causa de "afirmações falsas e sem fundamentos de pessoas com intenções claramente questionáveis".

Com uma sólida carreira diplomática, a antiga embaixadora americana na Ucrânia, de 33 anos, afirma ter sido submetida a uma campanha caluniosa orquestrada pelo advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani.

Trump foi submetido a um julgamento político e absolvido no último 5 de fevereiro no Senado americano, de maioria republicana.


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