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Estado de Minas

Ex-diretor da petroleira Pemex envolvido no caso Odebrecht é enviado à prisão na Espanha


postado em 13/02/2020 14:01

Um juiz espanhol emitiu um mandado de prisão provisória para Emilio Lozoya, ex-diretor da petroleira estatal Pemex e principal envolvido no México no esquema internacional de corrupção da Odebrecht, informou o tribunal.

O juiz Ismael Moreno, da Audiência Nacional, alta jurisdição relacionada às extradições, "emitiu mandado de prisão provisória incondicional ao ex-diretor da empresa Pemex", indicou o tribunal em comunicado.

Lozoya, colaborador próximo ao ex-presidente Enrique Peña Nieto (2012-2018), foi preso na última quarta-feira nas proximidades da cidade espanhola Málaga, situada na Andaluzia, segundo informações da polícia espanhola.

O ex-diretor responde a um pedido de "extradição emitida pelas autoridades judiciais mexicanas por delito de operações com recursos de procedência ilícita, que na Espanha corresponde a lavagem de dinheiro", detalhou o departamento de extradições espanhol.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, acredita que o empresário será extraditado ao seu país de origem.

"É uma investigação que está em andamento, é uma acusação sem provas. Por isso sua prisão na Espanha", ressaltou o presidente.

O tribunal espanhol deu ao México o prazo de 45 dias para apresentar formalmente "o pedido de extradição por via diplomática", enquanto Lozaya continuará detido.

É a primeira vez que um funcionário mexicano de alto nível é preso no caso Odebrecht, que envolveu países da América do Sul, como o Peru, onde três ex-presidentes estão sob investigação e outro se suicidou ao ser preso.

Desde julho de 2019, Lozoya e três dos seus familiares possuem ordem de prisão, e presumia-se que ele estaria na Alemanha.

Ele é acusado de ter recebido propinas milionários da Odebrecht, que teriam sido usadas na campanha presidencial de Peña Nieto, governo no qual era encarregado pelos assuntos internacionais.

Também é acusado de ter autorizado, quando era diretor da Pemex, a compra de uma fábrica de fertilizantes por cerca de US$ 500 milhões de dólares, um preço muito alto visto a qualidade das suas instalações, conforme apontaram o governo e especialistas da indústria.

Lozoya, que renunciou à diretoria-geral da Pemex pressionado pelas crescentes denúncias contra ele, nega todas as acusações.


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