Jornal Estado de Minas

Reservas chinesas em Paris caem 80%, mas de outros turistas aumentam

As reservas de passagens com destino a Paris de turistas chineses estão em queda livre por causa da crise do novo coronavírus, informou a Secretaria de Turismo da capital francesa, que mostra, contudo, maior procura de americanos e visitantes do Oriente Médio pela cidade luz.



Desde 21 de janeiro, as reservas de voos procedentes do nordeste da Ásia - a China, em particular, mas também o Japão e a Coreia do Sul - para março, abril e maio apresentaram uma queda de 81,3%, anunciou a secretaria de turismo parisiense nesta quarta-feira à AFP, devido a epidemia do COVID-19, que já causou mais de 1.100 mortes.

"O impacto vai ser grande", disse a diretora-geral, Corinne Menegaux. "Isso inclui todas as viagens em grupo que foram canceladas e, quanto a clientela chinesa, há muitos voos que já não operam. Obviamente houve uma queda nas reservas", ressaltou o órgão.

Essa queda se mostra mais evidente se levarmos em conta que em janeiro os voos chegados do nordeste da Ásia tinham aumentado em 15,2% em um ano. Eles começaram a apresentar uma redução a partir de 30 de janeiro, segundo a instituição francesa.

"A China representa menos de 3% da frequência global de turistas em Paris e em toda a França. Alguns casos não foram cancelados, mas sim adiados, difíceis de ser contabilizados já que não se sabe quantos efetivamente serão (cancelados)", explica a secretaria.

"Os períodos mais importantes para nós, do ponto de vista da clientela chinesa, são os meses de junho a outubro", informa, antes de alertar que tudo "dependerá de quanto tempo dure" a crise do COVID-19.

Enquanto o número de viajantes chineses diminui, as reservas aéreas procedentes da América do Norte aumentaram em 17,9% e as do Oriente Médio em 19,1%.