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Estado de Minas

Para Boateng, racismo nos estádios alemães cresceu


postado em 12/02/2020 13:43

O zagueiro Jérôme Boateng acredita que a Alemanha deu "um passo para trás" na luta contra o racismo nos estádios, depois dos insultos que provocaram consternação no país na semana passada, durante uma partida da Copa da Alemanha em Gelsenkirchen.

"Me impactou. E dói", declarou Boateng em entrevista exclusiva à agência SID, filial esportiva da AFP.

"Ver um jovem na Alemanha chorar em campo porque sofreu ataques racistas é muito triste", criticou o jogador do Bayern de Munique.

Em 4 de fevereiro, o jovem Jordan Torunarigha (22 anos), jogador do Hertha Berlim e da seleção alemã sub-21, de pai nigeriano, foi alvo de gritos de macaco durante a derrota de seu clube para o Schalke 04 (3-2).

A Federação Alemã de Futebol (DFB) e a polícia local abriram investigações sobre o caso.

"Sim, já me aconteceu algumas vezes na Bundesliga", contou Boateng, campeão mundial com a Alemanha em 2014. Em 2016, o zagueiro sofreu um ataque público de um líder da extrema direita alemã pela cor de sua pele.

"Infelizmente, não é sempre possível localizar a origem (dos insultos) e também não queremos dar a eles o gostinho de ver que isso no afeta", continuou o jogador de 31 anos.

"Mas não é algo agradável de ouvir. Precisamos nestes casos da ajuda dos torcedores que estão do lado, mas que identifiquem os autores", pediu Boateng, de pai ganês.

"É uma sensação muito desagradável. Pensamos no futuro, tenho filhos na Alemanha. Achava que tínhamos superado esse ponto. Mas, infelizmente, demos um passo para trás, algo doloroso para muita gente", lamentou.


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