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Estado de Minas

EUA e Alemanha espionaram governos com empresa Suíça de segurança, diz relatório


postado em 11/02/2020 14:55

Os serviços de Inteligência dos Estados Unidos e da Alemanha usaram informações confidenciais de governos estrangeiros durante décadas através de uma companhia suíça de criptografia, segundo diversos veículos de comunicação.

Crypto AG, um provedor líder de serviços de criptografia de comunicações, trabalhou com cerca de 120 países a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, entre os quais Irã, Índia, Paquistão e governos ditatoriais da América do Sul, disseram The Washington Post, a emissora alemã ZTE e a rádio-televisão estatal suíça SRF.

A Agência Central de Inteligência (CIA) americana e o Serviço Federal de Inteligência (BND) alemão tornaram-se, em 1970, donos da companhia - informação não revelada aos Estados que solicitavam seus serviços.

Segundo a investigação, nem a Rússia, nem a China, principais adversários dos governos do ocidente, nunca contrataram os serviços da Crypto.

Através do controle total que exerciam sobre a companhia, a CIA e o BND adulteraram as equipes que vendiam para vulnerabilizar com facilidade os códigos de segurança e ter acesso às mensagens secretas desses governos.

Os serviços de Inteligência dos Estados Unidos e da Alemanha não obtinham apenas acesso à informação sigilosa de seus clientes, mas também faturavam milhões de dólares por seus serviços.

O jornal The Washington Post, que intitulou o relatório como "o golpe do século", disse que, em um documento interno e sigiloso da CIA, descreve a história desse projeto ultrassecreto e identifica os funcionários da Inteligência que supervisionaram a operação e também os executivos da Crypto que tornaram isso possível.

As suspeitas sobre este acordo secreto vêm de longa data, mas nunca tinham sido provadas.

A CIA não fez comentários imediatos sobre a informação publicada.

A Crypto, com sede em Zug, na Suíça, foi dividida em duas companhias em 2018. Uma dessas divisões, a Crypto International, disse que o relatório era "muito preocupante".

"Não temos ligações com a CIA ou o BND e nunca tivemos", disse a companhia em um comunicado publicado em seu site.

"Atualmente, estamos avaliando a situação e realizaremos comentários uma vez que tenhamos um quadro completo", acrescentou.


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