Jornal Estado de Minas

Trânsito diário

Média de mortes igualaria sete quedas de avião


Com uma média de 3.700 mortos, os acidentes de trânsito representam a cada dia o equivalente a sete acidentes de avião, alertou ontem o enviado especial da ONU para a segurança viária, Jean Todt.


O número de mortos nas estradas ao redor do mundo "é igual a sete aviões jumbo caindo todos os dias, sem sobreviventes", declarou Todt, figura de esporte automobilístico que chefiou a Ferrari por 15 temporadas.
 
Ele lembrou que 1,35 milhão de pessoas perdem a vida todos os anos em acidentes de trânsito. "Não podemos continuar como se nada estivesse acontecendo", disse o ex-piloto, atual diretor da Federação Internacional de Automobilismo.
 
Jean Todt pediu "mudança sistemática" em todo o mundo para que "a segurança esteja no centro da mobilidade", 12 dias antes da realização da 3ª Conferência Ministerial sobre Segurança Rodoviária, em Estocolmo, com a participação de cem países.


 
Ainda em 2010, a Assembleia-Geral das Nações Unidas editou resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a Década de ações para a segurança no trânsito. Na época, em 2009, estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) contabiliza em torno de 3 mil vidas perdidas diariamente nas ruas e estradas.
 
Eram o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade, o segundo na faixa de 5 a 14 anos e o terceiro na faixa de 30 a 44 anos. Numa perspectiva pessimista, a OMS projetava 2,4 milhões de óbitos, em 2030. E entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas anualmente sobrevivendo com traumatismos e ferimentos.
 
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito.