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Estado de Minas ESTADOS UNIDOS

Trump quer 'apagar' julgamento na Câmara


postado em 08/02/2020 04:00

 Presidente dos Estados Unidos exibe jornal com a manchete da sua absolvição no Senado (foto: Saul Loeb/AFP)
Presidente dos Estados Unidos exibe jornal com a manchete da sua absolvição no Senado (foto: Saul Loeb/AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que o Congresso deveria “apagar” o seu julgamento político por abuso de poder depois de sua absolvição no Senado. “Deveriam apagar a acusação na Câmara (de Representantes)? Deveriam, porque foi uma farsa. Foi uma farsa política total”, disse aos jornalistas na Casa Branca.
 
Em uma votação formal na quarta-feira, acompanhada ao vivo na televisão por dezenas de milhões de americanos, o Senado de maioria republicana votou pelo placar de 52 contra 48 para absolver Trump de abuso de poder e 53 contra 47 para libertá-lo da acusação de obstrução do Congresso. As duas acusações contra ele foram aprovadas em 18 de dezembro pela Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas.
 
Na quinta-feira, em um ato na Casa Branca que definiu como uma “celebração”, Trump apareceu entusiasmado por sua vitória, mas também furioso, descrevendo seus oponentes democratas como “vis” e “perversos”. O líder da minoria republicana na Câmara de Representantes, Kevin McCarthy, disse que se seu partido recuperar o controle nas eleições gerais de novembro, tentará revogar ou anular o julgamento político.
 
Trump também atacou a presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi, que rasgou em pedaços uma cópia de seu discurso sobre o Estado da União no Congresso na terça-feira depois que ele o pronunciou. “Isso foi terrível, foi terrível, muito desrespeitoso”, disse ele, “e na verdade muito ilegal”. Ao chegar ao Capitólio, Trump se recusou a apertar sua mão.
 
Após seu processo de impeachment, que começou seis meses atrás com revelações sobre o congelamento de uma ajuda militar americana à Ucrânia sob pressão de Trump para Kiev investigar seu rival político Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos quer se concentrar em sua reeleição em novembro. Ontem, enviou um novo tuíte a seus adversários democratas, criticando-os pelos problemas técnicos que enfrentaram nas primárias em Iowa.

Represálias Mitt Romney esperava ser assediado “com veemência” e sua previsão não demorou a acontecer. O veterano do Partido Republicano, que votou pela destituição do presidente Donald Trump no julgamento político no Senado, não precisou esperar muito para sofrer represálias. Trump já o assediou reiteradamente, e membros leais ao presidente no Senado pediram sua expulsão do Partido Republicano. Este talvez tenha sido o capítulo final da relação ambígua entre Romney e Trump, que chegou ao poder em 2016 e fomentou um feroz senso de lealdade dentro do Partido Republicano.
 
Abastado e ideologicamente moderado, Romney foi no passado uma figura respeitada no partido. Foi candidato para enfrentar Barack Obama nas eleições presidenciais de 2012, sem sucesso. Quase se tornou o primeiro secretário de Estado de Trump. Mas agora entrará nos anais como o único republicado a votar pelo impeachment de Trump, absolvido pelo Senado. “O presidente é culpado de um terrível abuso de confiança pública”, disse Romney em seu discurso no Senado, criticando a conduta de Trump como “um ataque flagrante” aos valores americanos. Romney se tornou o primeiro senador da história dos Estados Unidos a votar pela destituição de um presidente de seu próprio partido, um feito sem precedentes nos julgamentos políticos de Andrew Johnson em 1868 e Bill Clinton em 1999.

Enquanto isso...Democratas seguem com debates

Pete Buttigieg e Bernie Sanders foram ontem protagonistas do oitavo debate democrata em New Hampshire, a quatro dias da primária nesse estado e depois que ambos declararam vitória em Iowa. Sete pré-candidatos foram classificados para este debate eleitoral, que começou às 20h locais (22h de Brasília), mas os dois eram os os alvos preferidos dos demais aspirantes. Estiveram presentes, entre outros, a senadora progressista Elizabeth Warren, terceira em Iowa na segunda-feira, e o ex-vice-presidente Joe Biden, grande perdedor dessas primárias, ao chegar em quarto lugar. Pete Buttigieg, um moderado de 38 anos que foi prefeito de um pequeno município de Indiana, surpreendeu ao derrotar o senador independente de 78 anos de Vermont e autoproclamado 'socialista” Bernie Sanders. Embora Sanders tenha obtido mais votos, Buttigieg o superou em número de delegados. A votação, que abriu a temporada das primárias, se tornou um fiasco.



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