Jornal Estado de Minas

EUA sanciona companhia aérea estatal venezuelana Conviasa

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (7) que incluiu em sua lista de sanções a companhia aérea estatal venezuelana Conviasa, um aprofundamento da pressão de Washington contra o governo de Nicolás Maduro.

O secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin, disse que o governo de Maduro "depende da companhia estatal Conviasa para trasladar funcionários do regime corrupto pelo mundo para impulsionar seus esforços antidemocráticos".



Com essas sanções, os americanos ficam advertidos de que "não podem entrar em transações com essa companhia ou com essas aeronaves, incluindo para charter", disse o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo.

A companhia tem 10 voos internacionais, incluindo destinos na Bolívia, Equador, México, Panamá e República Dominicana.

"Esta ação não afeta a capacidade de viajar do povo da Venezuela, já que podem continuar fazendo isso em várias outras operadoras que não estão submetidas a sanções da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês)", informou o Tesouro em comunicado.

O Tesouro afirmou que o governo de Maduro tem usado os aviões da Conviasa para "promover sua própria agenda política" usando-os para trasladar funcionários a países como Coreia do Norte, Cuba e Irã.

Os Estados Unidos não reconhecem o governo de Maduro pelas irregularidades nas eleições de 2018 e considera como presidente interino o líder do Parlamento, Juan Guaidó.

Na lista de sanções há sete Boeing B737, entre cerca de trinta aeronaves.

A Venezuela tem sofrido desde 2013 um grande êxodo de companhias aéreas pelas dívidas estatais de bilhões de dólares.

De Caracas ainda voam Copa, Air France, Air Europa, Tap, Iberia, Turkish Airlines, entre outras companhias.