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Estado de Minas

Cinco líderes milicianos centro-africanos são condenados à prisão perpétua


postado em 07/02/2020 13:01

Cinco chefes de uma milícia da República Centro-Africana foram condenados nesta sexta-feira (7) à prisão perpétua com trabalhos forçados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal de Bangui pelo massacre de dezenas de civis em 2017.

Dois dos condenados são "Pino Pino" e "Béré-Béré", os principais líderes de uma milícia antibalaka, de maioria cristã e animista, que cometeu um massacre em Bangassou contra civis muçulmanos em 13 de maio de 2017, constatou um jornalista de AFP na audiência.

"É a primeira vez que um tribunal da RCA condena por crimes contra a humanidade", disse à AFP o ministro da Justiça, Flavien Mbata.

O "general Pino-Pino" e o "tenente Béré-Béré" estavam encarregados da milícia que atacou o bairro de Tokoyo e uma base da ONU em Bangassou, que resultou em 72 mortos, 76 feridos e 4.000 deslocados.

Vários capacetes azuis (seu número ainda não foi estabelecido) também morreram nas mãos dessa milícia durante o mês de maio na mesma região.

Alguns muçulmanos que buscaram refúgio na igreja católica da cidade sofreram os ataques mais ferozes naquele dia de 13 de maio de 2017.

No total, 28 pessoas foram acusadas. Além de "Pino Pino" e "Béré Béré", outros três líderes também foram condenados por crimes contra a humanidade, crimes de guerra, saques e assassinatos: Romaric Mandago, Patrick Gbiako e Yembeline Mbenguia Alpha.

A República Centro-Africana é um dos países mais pobres do planeta, e os conflitos entre comunidades religiosas causaram 4,5 milhões de deslocados.


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