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Estado de Minas

Violência se intensifica em manifestações no Iraque


postado em 05/02/2020 20:31

Pelo menos sete pessoas morreram baleadas na cidade iraquiana de Najaf nesta quarta-feira (5), depois que partidários do poderoso clérigo xiita Moqtada Sadr invadiram um acampamento de manifestantes contrários ao regime, um confronto que durou até a noite.

Desde que o volátil Sadr, cujos apoiadores protestaram desde o início de outubro com o resto dos manifestantes, deu uma reviravolta de 180 graus, os dois campos se enfrentaram em várias cidades do Iraque. Na segunda-feira, um manifestante esfaqueado morreu em Hila, no sul de Bagdá.

Em Najaf, os sete mortos foram atingidos na cabeça ou no peito, segundo fontes médicas, que acrescentaram que há dezenas de feridos, provocando uma onda de protestos no país.

Os "bonés azuis", como são conhecidos os apoiadores de Moqtada Sadr, que respeitam o cessar-fogo como sinal de adesão foram acusados de violência, enquanto as forças de ordem de não fazer nada para evitar isso.

O primeiro-ministro indicado Mohamed Alaui, que assumirá suas funções quando seu gabinete obtiver a confiança do Parlamento em menos de um mês, pediu para o governo no Twitter "proteger os manifestantes".

Os sadristas chegaram ao acampamento de Najaf no meio da tarde e atacaram as tendas dos manifestantes contra o poder que, desde o início de outubro, exigem a renovação do corrupto sistema político iraquiano. Em Nasiriya, centenas de manifestantes foram às ruas gritando palavras contrárias aos sadristas.

"Onde estão as forças da ordem?", tuitou Asad al Naseri, ex-líder do movimento sadrista que recentemente se mudou para o outro lado, denunciando "um banho de sangue selvagem".

Desde 1º de outubro, mais de 480 pessoas perderam a vida e cerca de 30.000 ficaram feridas na violência ligada aos protestos, principalmente manifestantes, de acordo com um balanço coletado pela AFP com fontes médicas e de segurança.

Alaui prometeu indenização nesta semana às vítimas de grupos de representantes dos protestos que ele conheceu, disse à AFP um especialista presente nas reuniões.


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