A opositora peruana Keiko Fujimori foi transferida nesta quarta-feira (29) para uma prisão após passar a noite detida, em meio às expressões de apoio nas ruas de dezenas de partidários.
A primogênita do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) foi levada à prisão feminina de Chorrillos, no sul de Lima, para cumprir os 15 meses de prisão preventiva após sentença recebida na última terça-feira pelo juiz Víctor Zúñiga.
Keiko, de 44 anos, faz parte do grupo de políticos investigados na operação Lava Jato, que também inclui quatro ex-presidentes peruanos.
Em uma ambulância do serviço penitenciário, escoltada por uma caravana de carros policiais e de imprensa, a líder opositora foi levada ao meio dia (às 14h no horário de Brasília) para a mesma prisão na qual permaneceu por 13 meses.
Keiko Fujimori foi presa menos de dois meses depois de ser liberada. O juiz Zúñiga pediu sua prisão preventiva ao receber uma solicitação do Ministério Público, que argumentou que haveria o risco de que ela deixasse o país.
"Isso não é justiça, isso é perseguição", disse Keiko em vídeo divulgado nas redes sociais minutos depois de ser detida.
Keiko, que foi candidata à presidência do Peru nas eleições de 2011 e 2016, nega todas as acusações do promotor José Domingo Pérez, inclusive de que fugiria do país.