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Estado de Minas

Após dois meses, Congresso boliviano aprova renúncia de Morales


postado em 21/01/2020 16:49

O Congresso da Bolívia, em meio a uma sessão pública confusa promovida por adversários políticos, aprovou nesta terça-feira (21) a renúncia de Evo Morales à Presidência, mais de dois meses após o ex-dirigente apresentar uma carta com esse pedido e partir para o exílio.

A Assembleia Legislativa, ainda controlada pelo partido Morales, o Movimento ao Socialismo (MAS), votou a carta assinada por Morales em 10 de novembro.

Os parlamentares do MAS aceitaram as renúncias de Morales e do vice-presidente Alvaro García, que o acompanhou para exílio, primeiro no México e depois na Argentina, onde estão desde 12 de dezembro.

Morales, que assumiu o governo em 2006, renunciou em meio a uma forte revolta social contra o resultado das eleições gerais de 10 de outubro, nas quais foi reeleito para um quarto mandato e cujo resultado foi declarado nulo após um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontar irregularidades na apuração.

"Na Assembleia Legislativa, aceitamos a renúncia dos nossos companheiros Evo Morales e Alvaro García. Estamos cumprindo a Constituição que diz que aqueles que rejeitam ou aceitam a renúncia são os deputados e senadores", declarou à imprensa o congressista Henry Cabrera, influente líder do MAS.

O legislador considerou necessário cumprir a parte formal da lei, embora em 12 de novembro a senadora de direita Jeanine Áñez tenha assumido interinamente a presidência do país, num ato reconhecido pelo Tribunal Constitucional, que determinou que seu mandato vai até a formação de um novo governo após as eleições de maio.

Morales, de 60 anos, declarou várias vezes que, enquanto o Parlamento não aprovava sua renúncia, ele continuava a exercer a presidência, uma opinião não apoiada pelo oposição.

A sessão pública teve momentos de caos e confusão que surgiram quando opositores de Morales defenderam que o ex-presidente tinha abandonado o cargo e não renunciado, já que tinha viajado para o México sem deixar substituto imediato.

Shirley Franco, deputada do Partido Democrata, disse que "em 12 de novembro a sucessão constitucional foi realizada, devido à ausência definitiva do ex-presidente, que assumiu o status de asilado, depois de deixar o território".


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