Os colombianos retomaram nesta terça-feira os protestos contra o governo de Iván Duque com marchas e bloqueios de estradas em cidades como Bogotá, onde ocorreram confrontos que deixaram três policiais feridos.
A mobilização, que inclui um "panelaço nacional" no período da tarde, começou nas primeiras horas do dia em várias partes da capital colombiana, onde houve interrupção do tráfego e confrontos esporádicos com a força pública.
A prefeita de Bogotá, Claudia López, no cargo desde 1º de janeiro, acionou um protocolo para prevenir a violência durante as mobilizações.
O movimento de protesto, que mobilizou multidões no final do ano passado, voltou às ruas após a temporada de festas, com uma ampla gama de solicitações que exigem uma mudança de rumo para o governo conservador que foi instalado em agosto de 2018.
Além de questionar a política econômica, os líderes dos manifestantes denunciam a espiral de violência que envolve ativistas de direitos humanos e líderes sociais desde que a paz com as Farc foi assinada em 2016, o ex-guerrilheiro se transformou em um partido político.
Pelo menos 107 ativistas foram mortos em 2019, segundo a ONU, que verifica outros 13 casos.
A maioria das mortes ocorreu em áreas onde grupos armados envolvidos com o tráfico de drogas operam.
As Nações Unidas também alertaram sobre o assassinato de 173 ex-combatentes rebeldes que abandonaram as armas.