Jornal Estado de Minas

Migrantes hondurenhos se aproximam do México na esperança de chegar aos EUA

Centenas de migrantes hondurenhos que abandonaram seu país formando uma caravana se aproximaram nesta sexta-feira (17) da fronteira entre Guatemala e México, convencidos de que conseguirão chegar aos Estados Unidos, deixando para trás a pobreza e a violência.



Depois de cruzar a Guatemala, dezenas começam a se concentrar em duas passagens fronteiriças com o México, principalmente em Tecún Umán (sudoeste), uma rota usada por caravanas anteriores para entrar no território mexicano.

Alejandra Mena, porta-voz do Instituto Guatemalteco de Migração, disse à imprensa que a caravana é integrada por 3.543 personas, incluindo crianças, que saíram na noite de terça-feira de San Pedro Sula, norte de Honduras, e desde a quarta-feira começaram a entrar na Guatemala, onde se dispersaram.

Na tarde de sexta-feira não se reportou a entrada de hondurenhos, acrescentou a funcionária, ao indicar que o "monitoramento da atividade" se concentra em Tecún Umán.

O grupo avança a pé ou sobre caminhões e ônibus, apesar da advertência do presidente guatemalteco, Alejandro Giammattei, de que o México não os deixará entrar.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, ofereceu, entretanto, nesta sexta-feira, empregos à caravana de migrantes hondurenhos que, segundo as autoridades migratórias da Guatemala, é integrada por 3.543 pessoas, incluindo crianças.

A migração histórica de centro-americanos para os Estados Unidos, empurrados principalmente pela falta de emprego e o assédio das gangues, teve uma inflexão em 2018 com a saída de caravanas maciças convocadas nas redes sociais.

Essas caravanas provocaram a ira do presidente americano, Donald Trump, que pressionou Guatemala, Honduras e El Salvador a assinar acordos na intenção de conter a migração ilegal.