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Estado de Minas

EUA e China prestes a assinar trégua vital em sua guerra comercial


postado em 15/01/2020 10:25

As duas principais economias do mundo, Estados Unidos e China, estão prestes a assinar, nesta quarta-feira (15), uma trégua em sua guerra comercial, o que permitirá às empresas de todo o planeta recuperar o fôlego.

Embora as tarifas de centenas de bilhões de dólares permaneçam em vigor em ambos os lados, provavelmente até o presidente Donald Trump disputar a reeleição em novembro, parte da incerteza deve desaparecer e distensionar o clima.

E, no momento em que está prestes a começar a ser julgado no Senado, Trump pode reivindicar vitória com esta "primeira fase" do acordo, que inclui um compromisso da China de aumentar suas compras de produtos americanos, pelo menos em curto prazo.

Isso recuperou os mercados globais nos últimos dias, porque deixa de fora, por enquanto, a ameaça de novas.

"Ele mantém todas as suas promessas e está construindo uma grande economia para empresas e trabalhadores americanos", disse na véspera da assinatura do acordo o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

As questões mais difíceis ainda não foram resolvidas nas negociações da "segunda fase", incluindo enormes subsídios estatais para as indústrias e a transferência forçada de tecnologia.

- Boa notícia -

"A primeira fase do acordo entre os Estados Unidos e a China é essencialmente uma trégua comercial", disse a economista Mary Lovely em sua análise.

"A trégua é uma boa notícia para os Estados Unidos e para a economia mundial", acrescentou.

Esta especialista comercial do Peterson Institute for International Economics alerta, contudo, que "os impactos continuarão a ser vistos e se traduzirão em um ritmo mais lento de investimento e custos de negócios mais altos".

As autoridades americanas informaram que vão anunciar, posteriormente, os detalhes do acordo que será selado ainda hoje com uma cerimônia na Casa Branca.

Depois de anunciar o acordo em 13 de dezembro, os Estados Unidos cancelaram uma nova rodada de tarifas que entraria em vigor alguns dias depois e prometeram reduzir pela metade os impostos de 15% sobre mais de 120 bilhões de mercadorias - como roupas - desde 1º de setembro passado.

- O que diz o acordo -

Washington diz que Pequim concordou em importar 200 bilhões de produtos em dois anos acima dos níveis de 2017, antes de Trump lançar sua ofensiva.

Trump vendeu o pacto como um incentivo para o agronegócio americano, garantindo que a China comprará entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões em produtos agrícolas.

Os agricultores americanos foram duramente atingidos pela guerra tarifária. A exportação de soja para a China, por exemplo, caiu de mais de US$ 12 bilhões para US$ 3 bilhões em 2017.

Nos últimos dois anos, o governo concedeu US$ 28 bilhões em subsídios aos produtores agrícolas.

Muitos economistas se questionam, porém, se há capacidade para atender a toda essa demanda.

E Lovely duvida de que seja apropriado depender tanto do mercado chinês.

"Isso também significa que uma retaliação chinesa pode ocorrer, moderando a disposição dos agricultores de investir para cumprir as altas metas de exportação do pacto", afirma.

Autoridades americanas e chinesas dizem que o acordo inclui proteção à propriedade intelectual, aborda serviços financeiros e câmbio, enquanto estabelece um mecanismo de solução de controvérsias.

O pacto também restabelece diálogos duas vezes por ano, os quais governos anteriores mantinham regularmente, mas que foram eliminados por Trump.


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