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Estado de Minas

Manifestantes voltam às ruas para uma 'semana da cólera' no Líbano


postado em 14/01/2020 11:43

Os libaneses saíram às ruas novamente nesta terça-feira para protestar contra a demora na formação de um novo governo e a crise econômica, no 90º dia de protestos sem precedentes neste país do Oriente Médio.

Sob o lema "a semana da cólera", os manifestantes - que exigem que a classe dominante saia, já que é acusada de corrupção e incompetência - cortam estradas com lixeiras e pneus em chamas, segundo as redes locais e a AFP.

O Líbano está sem governo desde a renúncia no final de outubro do primeiro-ministro Saad Hariri, e a criação de um novo executivo é complicada após a nomeação em 19 de dezembro do novo primeiro-ministro Hassan Diab.

A situação econômico-financeira, já muito precária antes do início dos protestos, se degradou nos últimos meses devido a restrições draconianas de sacar dinheiro dos bancos e a uma desvalorização de 40% da moeda no mercado paralelo.

"Cortamos as estradas novamente porque não aguentamos mais", diz Laila Youssef, uma manifestante de 47 anos em Jdeidé, na parte norte de Beirute.

"O que ganhamos hoje não dá para comprar produtos básicos", reclama a mulher, mãe de três filhos.

Em Hasbaya (sudeste), em Akkar (norte) ou em Beirute, os manifestantes pedem a formação imediata de um governo de tecnocratas independentes dos partidos no poder, a quem eles acusam de ter afundado o país na crise.

O Banco Mundial (BM) alertou em novembro passado que metade da população do Líbano poderá cair na pobreza.

O país tem uma dívida enorme perto de 90 bilhões de dólares, equivalente a mais de 150% do PIB.


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