Jornal Estado de Minas

EUA preocupado com possibilidade de Morales 'provocar violência' na Bolívia

O governo dos Estados Unidos vê com preocupação a possibilidade do ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, "provocar violência" no país andino, que se prepara para novas eleições presidenciais após o pleito anulado em outubro passado que provocaram a renúncia do dirigente.



Um alto funcionário do Departamento de Estado disse nesta quarta-feira à imprensa que o governo Trump celebra o "retorno ao caminho democrático" da Bolívia, observando que os enviados da Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) vão assessorar o governo de transição liderado por Jeanine Áñez, mas alertou para um possível papel desestabilizador de Morales.

A Bolívia voltará às urnas em 3 de maio, após as eleições de 20 de outubro terem sido anuladas após uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) ter apontado uma "manipulação maliciosa" a favor de Morales, que renunciou em 10 de novembro.

"O que nos preocupa é quando Morales, que agora está na Argentina, começa a ameaçar ir e provocar violência no país, e, obviamente, não queremos ver isso. E não creio que os países vizinhos também queiram ver isso", acrescentou.

Morales, um esquerdista que esteve no poder por quase 14 anos, renunciou em meio a crescentes protestos populares e depois de perder o apoio das forças armadas e da polícia, que sugeriram publicamente essa medida.

Em seguida, ele buscou asilo no México e depois na Argentina, onde reside atualmente.