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Estado de Minas

Executivo do Facebook admite que rede social ajudou a eleger Trump


postado em 08/01/2020 13:19

O Facebook teve seu papel na vitória eleitoral de Donald Trump, que soube usar a melhor estratégia na maior rede social do mundo - reconheceu um executivo da companhia, pronunciando-se, porém, contra mudanças muito drásticas nas regras da plataforma.

"Foi o Facebook responsável pela eleição de Donald Trump?", questiona Andrew Bosworth em um longo texto dedicado a seus colegas.

"Acredito que a resposta seja 'sim', mas não pelas razões que todos pensam", diz ele, no artigo "Reflexões para 2020", divulgado primeiro pelo jornal "The New York Times" e depois pelo próprio.

Considerado parte do círculo íntimo de assessores de Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, Bosworth alega que o presidente americano não foi eleito por uma campanha de desinformação da Rússia, ou da empresa Cambridge Analytica. Ganhou - segundo ele -, porque fez "a melhor campanha publicitária digital" já vista.

O Facebook foi fortemente criticado por não ter freado a desinformação durante a campanha presidencial de 2016. Frente às eleições de 2020 nos Estados Unidos, o grupo multiplica os esforços para lutar contra as tentativas de manipulação em suas plataformas.

Ele ressalta que a campanha de Trump não recorreu "à desinformação, ou a mentiras" em 2016. "Apenas usaram as ferramentas que pusemos à disposição" de forma mais efetiva, completa.

Como a rede social não mudou suas normas sobre anúncios políticos para a corrida eleitoral de 2020, "pode-se chegar ao mesmo resultado" este ano, diz o executivo, destacando que apoia ativamente a oposição democrata.

Mas, por "mais tentador que seja usar as ferramentas disponíveis para mudar o resultado, estou certo de que nunca devemos fazer isso, ou nos transformamos nisso que tememos", alega.

"Isso não quer dizer que não haja uma linha" traçada pelo Facebook, adverte Bosworth, citando como exemplo a incitação à violência.

"Mas, se mudamos o resultado [de uma eleição] sem realmente convencer os que serão governados, então temos uma democracia apenas no papel. Se limitamos a informação, à qual as pessoas têm acesso e o que podem dizer, então não temos uma democracia de modo algum", insiste o executivo.

Os comentários de Bosworth surgem no momento em que o Facebook se encontra sob pressão para proteger melhor os dados de seus usuários e evitar que seus serviços sejam usados para divulgar "fake news", ou influenciar opiniões políticas, como aconteceu em 2016 nos Estados Unidos.

Nesse contexto, manter a segurança nesta rede social, enquanto lutam contra a desinformação e a concorrência foram algumas das prioridades destacadas pelos executivos do Facebook no Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas.

"A inovação é importante para nós, enquanto mantemos aosotros, mientras mantenemos a la gente en la compañía enfocada en la seguridad", dijo la vicepresidenta de marketing global de Facebook, Carolyn Everson.

La red social permitió a los visitantes del CES dar un vistazo a una herramienta de "chequeo de privacidad" que saldrá esta semana.

"Lo que tengo más presente es la regulación", dijo Everson. "Nos gustaría ayudar en el frente regulatorio para la privacidad y la seguridad".

Los objetivos de Facebook este año incluyen evitar que la red sea usada por factores perjudiciales para influenciar las elecciones de 2020 en Estados Unidos, según Everson. La experiencia allí obtenida luego será aplicada en los casi 200 países en los que Facebook está presente.

Facebook seguirá teniendo un "cuarto de guerra" para coordinar las respuestas a los esfuerzos de manipulación de elecciones o votantes en tiempo real.

"El modelo de cuarto de guerra ha funcionado alrededor del mundo", dijo Everson. "Tenemos entre 70 y 90 elecciones cada año, así que hemos estado mejorando. Los cuartos de guerra son parte de nuestra estrategia".

De cara a las elecciones de Estados Unidos, Facebook anunció que prohibirá los videos ultrafalsos -o "deepfake"- pero seguirá permitiendo aquellos de sátira o parodia aunque estén muy editados. También mantendrá su controvertida decisión de permitir que los políticos publiquen información a pesar de que se haya probado su falsedad.


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