Um grupo de acionistas do Barclays apresentará uma resolução na próxima assembleia geral para pressionar o banco britânico, cujo registro ambiental foi criticado por ONGs, para parar de financiar combustíveis fósseis em face da emergência climática.
A iniciativa, liderada por 11 investidores institucionais e mais de cem acionistas individuais, é coordenada pela ONG ShareAction.
Os investidores profissionais dessa iniciativa, que administram dezenas de bilhões de libras no total, incluem fundos de pensão das administrações locais, da Igreja Metodista e dos jesuítas na Grã-Bretanha.
A resolução pede ao Barclays, um dos maiores bancos de Europa, que elimine gradualmente o financiamento para empresas energéticas que não cumpram os objetivos do acordo climático de Paris para limitar o aquecimento global.
Segundo os promotores da iniciativa, será a primeira vez que uma resolução sobre a mudança climática seja submetida a votação em um banco europeu. Seus acionistas deverão se pronunciar sobre o assunto na junta geral prevista para maio.
A ShareAction destaca que, desde a assinatura dos acordos de Paris em 2015, o Barclays financiou mais de 85 bilhões de dólares em energia fóssil, principalmente carvão, considerado um dos recursos mais poluentes do planeta, o que o torna o banco com piores resultados na Europa, segundo ambientalistas.