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Estado de Minas

Exército dos EUA anuncia oficialmente ao Iraque que prepara retirada


postado em 06/01/2020 17:55

O Exército dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (6) ao número dois do comando militar iraquiano que vai "reorganizar" as forças da coalizão antijihadista com vistas a "uma retirada do Iraque segura e eficaz", em carta à qual a AFP obteve acesso.

Dois comandantes militares, um americano e outro iraniano, confirmaram à AFP a autenticidade da carta, assinada pelo general William H. Seely, comandante das operações militares americanas no Iraque.

"Respeitamos a sua decisão soberana que ordena a nossa partida", continuou a missiva, um dia depois de o Parlamento iraquiano aprovar uma moção para exigir que o governo expulse as tropas estrangeiras do Iraque, após o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani e de Abu Mehdi al Muhanids, número dois da coalizão paramilitar pró-iraniana Hashd Al Shaabi, nesta sexta-feira, em Bagdá.

"Por respeito à soberania da República do Iraque e segundo o reivindicado pelo Parlamento e o primeiro-ministro, a Coalizão reorganizará suas forças [...] para se assegurar de que a retirada do Iraque se realize de forma segura e eficaz", diz a carta.

No âmbito dos preparativos da retirada, a carta anuncia "um aumento dos deslocamentos de helicóptero sobre a Zona Verde e em suas imediações [...] durante a noite".

Segundo jornalistas da AFPA, o tráfego de helicópteros tem aumentado em Bagdá nas últimas noites.

Os Estados Unidos tinham 5.200 soldados deslocados no Iraque antes de que, na semana passada, chegaram várias centenas mais para proteger a embaixada, situada na Zona Verde - bairro de Bagdá cercado por importantes medidas de segurança -, atacada na terça-feira por milhares de manifestantes pró-Irã.

Diante do aumento das tensões, Washington anunciou recentemente o envio de 3.000 a 3.500 soldados suplementares para a região, "muito provavelmente" destinando parte deles ao Iraque, segundo uma autoridade americana.

Nesta segunda, o premiê iraquiano, Adel Abdel Mahdi - que apresentou sua demissão há meses - recebeu o embaixador americano Matthew Tueller, segundo seu gabinete.

Abdel Mahdi insistiu na "necessidade de trabalhar juntos para retirar as forças estrangeiras do Iraque, como pediu o Parlamento", destacou o gabinete.

A coalizão antijihadista formada para combater o grupo Estado Islâmico (EI), que em 2014 apoderou-se de um terço do território iraquiano e extensos pedaços da Síria, não reagiu imediatamente ao anúncio.

Não está claro se estas mobilizações de tropas vão envolver o conjunto dos soldados dos 76 países-membros da coalizão.


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