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Estado de Minas

Bolsonaro chama jornalistas de 'espécie em extinção'


postado em 06/01/2020 17:43

O presidente Jair Bolsonaro referiu-se aos jornalistas nesta segunda-feira (6) como uma "espécie em extinção" e disse que ler jornais "envenena", no mais recente ataque à imprensa.

"Vocês são uma espécie em extinção. Eu acho que vou botar os jornalistas do Brasil vinculados ao Ibama. Vocês são uma raça em extinção", ironizou o presidente no encontro diário com profissionais da imprensa do lado de fora do Palácio da Alvorada, a residência presidencial.

"Quem não lê jornal não está informado. E quem lê está desinformado. Tem de mudar isso", insistiu.

O presidente atacou em particular uma reportagem do portal UOL, segundo o qual Bolsonaro usou recursos de um fundo público eleitoral em sua última reeleição à Câmara dos Deputados, em 2014. Bolsonaro referiu-se à matéria como uma "imbecilidade", argumentando que continha informações erradas.

Em seu tradicional encontro com simpatizantes às portas da residência oficial, Bolsonaro lembrou ter cancelado as assinaturas de mais de uma dezena de jornais e revistas do Palácio do Planalto.

"Quem quiser que vá comprar porque envenena a gente ler jornal", acrescentou.

Em outubro de 2019, o presidente anunciou o cancelamento da assinatura da Folha de S. Paulo, o segundo maior jornal do País, com o qual mantém um enfrentamento aberto.

A medida foi anunciada pouco dias depois de o presidente americano, Donald Trump, de quem Bolsonaro se diz admirador, cancelar as assinaturas dos jornais The New York Times e The Washington Post, qualificando os veículos de falsos.

Desde a campanha presidencial em 2018, Bolsonaro ataca verbalmente em várias ocasiões veículos de comunicação e profissionais da imprensa.

Em um dos últimos encontros na residência oficial, em dezembro, Bolsonaro disse a um jornalista que tinha "uma cara de homossexual terrível", quando este lhe pediu que fizesse um comentário sobre a investigação de seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, suspeito de corrupção.

Um dia depois, o presidente reconheceu ter cometido um erro ao fazer esta declaração.


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