A tensão entre os Estados Unidos e Irã vai muito além das declarações e ações políticas e militares. No último dia de 2019, o presidente americano Donald Trump, em sua conta no Twitter, culpou o Irã pelos ataques à embaixada americana no Iraque, além de ameaçar o país árabe. Um dia depois, também pela rede social, o aiatolá Seyed Ali Khamenei, contra-atacou, em resposta a Trump e essa "conversa!" gerou grande número de respostas provocadoras, sobretudo depois do assassinato do general Qasem Soleimani, comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana, na quinta-feira (2).
No tweet de 31 de dezembro, Trump escreveu que 'o Irã será integralmente responsabilizado pelas vidas perdidas ou dano causado a qualquer de nossas instalações. Eles pagarão um alto preço! Isso não é um alerta, é uma ameaça. Feliz Ano Novo'.
Em seguida, no dia 1 de janeiro, o líder supremo do Irã respondeu com ironia e em tom desafiador: "Este homem tweetou que veremos o Irã sendo responsabilizado pelos eventos em Bagdá e nós vamos responder pelo Irã. 1°: Você não pode fazer nada. 2°: Se você fosse lógico - o que não é - você veria que seus crimes no Iraque, Afeganistão... fizeram nações odiarem vocês".
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Confira algumas das principais respostas ao diálogo de réveillon entre Trump e Khamenei:
Após a morte de Soleimane, o aiatolá Khamenei prometeu retaliações aos Estados Unidos. Os Estados Unidos, por sua vez, enviaram 3,5 mil soldados ao Oriente Médio, além de pedir que seus cidadãos deixem o Iraque imediatamente.
* Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa