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Estado de Minas

Petróleo dispara após morte de general iraniano no Iraque


postado em 03/01/2020 18:07

Os preços do petróleo subiam mais de 4% nesta sexta-feira (3), depois da morte de um general iraniano no Iraque por um ataque dos EUA, em meio ao temor de um conflito no Oriente Médio.

Assim que o bombardeio que tirou a vida do general iraniano Qasem Soleimani foi anunciado, o petróleo teve alta 4%, e depois fechou com aumentos expressivos, com medo de uma escalada de guerra em uma área sensível para o mercado mundial da commodity.

Em Londres, o barril de Brent nos contratos de março subiu 3,5%, para 68,60 dólares, o preço mais alto desde setembro. Em Nova York, o barril do WTI para fevereiro subiu 3,1%, para 63,05.

"Temem que o Irã tome represálias pelo assassinato de Soleimani", disse à AFP Thina Margrethe Saltvedt, uma analista da Nordea Markets, explicando que Teerã pode atacar "instalações petroleiras, ou infraestruturas de transporte".

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, pediu uma "severa vingança" pela morte de Soleimani.

As bolsas de valores foram afetadas, mas algumas europeias conseguiram fechar em alta

A Bolsa de Paris teve alta de 0,04%, Londres, de 0,24%, enquanto Frankfurt recuou 1,25%, e Milão, 0,56%.

Nova York operou em baixa durante boa parte do dia. Seus índices tinham marcado novo recorde na quinta-feira, mas o mercado foi abalado após a ação dos EUA e da ameaça de vingança do Irã.

Washington disse que Soleimani estava planejando ações iminentes contra os Estados Unidos quando foi alvo de um ataque de drone.

Patrick O'Hare, analista da Briefing.com em Nova York, disse que "o mercado está comprando muito há algum tempo" e a morte de Soleimani pode servir para aceitar um declínio do mercado de ações que já se antecipava.

"No entanto, se o mercado se recuperar rapidamente, isso poderá gerar excessos especulativos maiores, ampliando os inconvenientes que possam surgir", acrescentou O'Hare.

Segundo Cailin Birch, uma economista da The Economist Intelligence Unit, os mercados temem, sobretudo, "um conflito mais amplo".

"A importância deriva menos da perda potencial dos abastecimentos de petróleo iraniano (...) do que do risco de que se possa deflagrar um conflito mais amplo que arraste Iraque, Arábia Saudita e outros", disse à AFP.

"Também existe um risco significativo de que o Irã lance um ataque seletivo contra navios americanos na região, o que pode interromper os fluxos de petróleo no mar e fazer os preços continuarem a aumentar", acrescentou.

Os preços do petróleo dispararam em setembro, após os ataques contra duas instalações petroleiras da Arábia Saudita que reduziram brevemente à metade sua produção de cru..

Trump responsabilizou o Irã por este ataque, assim como por outros contra alguns petroleiros que circulavam pelo Golfo.

"O mercado lembra muito bem o inesperado ataque com aviões não tripulados contra a Saudi Aramco [a petroleira saudita] no outono passado", afirmou Saltvedt.

Birch descarta, porém, a ideia de um conflito generalizado.

"Não esperamos um aumento de preços em um único dia, em termos percentuais, como 10% de setembro de 2019, quando foram atacadas infraestruturas petroleiras sauditas", acrescentou.

Apesar de tudo, a morte de Soleimani representa um passo a mais na escalada nas tensões entre Estados Unidos e Irã.

As Bolsas também se viram afetadas. Frankfurt, Londres e Paris caíam, após uma sessão de baixa nos mercados asiáticos.


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