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Estado de Minas

Globos de Ouro terão gostinho de Netflix


postado em 03/01/2020 16:19

A Netflix pretende arrasar nos Globos de Ouro, a cerimônia que abre, neste domingo, a temporada de premiações de Hollywood.

Com 34 indicações entre cinem e TV, a gigante do streaming, que começou a produzir originais há apena seis anos, procura continuar a consolidar seu lugar na indústria do entretenimento, que ainda tem muita resistência.

Seu filme "História de um casamento", que mostra a tumultuosa separação de uma atriz, interpretada por Scarlett Johansson, e seu marido, um diretor de teatro narcisista interpretado por Adam Driver, recebeu seis indicações, enquanto "O irlandês", epopeia mafiosa de três horas e meia de Martin Scorsese, recebeu cinco. "Os dois papas", dirigido por Fernando Meirelles, que mostra um encontro fictício entre Bento XVI (Anthony Hopkins) e seu sucessor Francisco (Jonathan Pryce), obteve quatro.

"A Netflix teve um grande ano, acho que irão bem", disse à AFP Tim Gray, editor de prêmios e vice-presidente da revista especializada Variety.

Os Globos de Ouro, premiação entregue pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), se celebra em 5 de janeiro em Beverly Hills y abre a temporada de prêmios - que termina com o Oscar, em fevereiro.

O último filme de Quentin Tarantino, "Era uma vez em Hollywood", também recebeu cinco indicações, e "Coringa", quatro, inclusive de melhor ator para Joaquin Phoenix, favorito ao lado de Adam Driver.

Nessa categoria, ele concorrem com Antonio Banderas por seu aclamado papel em "Dor e glória", longa autobiográfico dirigido por seu compatriota Pedro Almodóvar, premiado em Cannes. Ele também concorre a melhor filme de língua não inglesa.

- 'Não votamos em função do gênero' -

Os Globos de Ouro, que neste ano voltam a ser apresentados pelo mordaz Ricky Gervais, estão entre os mais cobiçados prêmios do cinema americano e são um indicador importante das possibilidades dos filmes e atores perto do Oscar.

Apenas nas categorias de cinema, a Netflix obteve 17 indicações, com três dos cinco filmes indicados para melhor drama e uma para melhor comédia.

No ano passado, "Roma", de Alfonso Cuarón, recebeu melhor filme estrangeiro, e ele ganhou o prêmio de melhor diretor.

"Não me surpreende o domínio, me surpreende o tamanho desse domínio", disse à AFP o presidente da HFPA, Lorenzo Soria, sobre o poder da gigante do streaming nesta edição.

A Netflix também dominou as indicações para a televisão, com 17, contra 15 de seu atual rival HBO.

Quatro delas foram para "The Crown", uma série produzida por esta plataforma sobre a família real britânica na qual Olivia Colman interpreta a rainha Elizabeth II.

"The Morning Show" e a dupla de atrizes formada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon deu ao novo serviço de streaming da Apple três indicações.

Este ano, os membros do júri não incluíram mulheres na lista de indicados para o prêmio de direção, o que abriu novamente o caminho para protestos.

"Não nos representam (...) Não esperem nenhuma justiça no sistema de recompensas", criticou no Twitter Alma Har'el, diretora do filme "Honey Boy", que não passou para as indicações.

"Estou decepcionada", disse Greta Gerwig à AFP. "Adoro o filme que fizemos e é claro que é satisfatório ser homenageado".

"Também há muitos filmes lindos feitos por mulheres neste anos"

Soria garantiu à Variety que na HFPA "não votamos em função do gênero, votamos em função dos filmes e seus méritos".

Para Grey, "2019 foi um ano muito bom para o cinema" e "todos os diretores que foram indicados mereceram".

"Também houve muitos homens que não foram incluídos, por isso não acho que seja um simples caso de preconceito contra as diretoras".


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