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Estado de Minas

Irã denuncia ingerência da França em caso de franco-iraniana detida


postado em 29/12/2019 11:55

As autoridades iranianas denunciaram neste domingo "a interferência" da França no caso de Fariba Adelkhah, uma antropóloga franco-iraniana detida no Irã e acusada de "espionagem".

Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores francês convocou o embaixador do Irã em Paris para denunciar a detenção "intolerável" de Adelkhah e do investigador francês Roland Marchal.

Em uma declaração, mostraram sua "máxima preocupação" com a situação de Adelkhah "que parou de se alimentar e reiterou [seu] pedido de assistência consular".

O Irã não reconhece dupla cidadania.

"A declaração do Ministério das Relações Exteriores da França sobre uma cidadãa iraniana é um ato de interferência. Acreditamos que esse pedido não tenha base legal", disse o porta-voz do Irã, Abas Musavi, em comunicado.

"A pessoa [...] em questão foi presa por atos de espionagem", acrescentou, e disse que o advogado do investigador foi informado dos detalhes do caso.

Por sua parte, Roland Marchal está preso por "conspirar contra a segurança nacional" e seu consulado conseguiu acessá-lo "várias vezes", disse Musavi.

A antropóloga, especialista em xiismo, e Marchal, especialista no Chifre da África, ambos membros do Centro Internacional de Pesquisa (CERI) da Sciences Po Paris, estão detidos no Irã desde junho.

Segundo o CERI, uma estudante universitária australiana detida em Adelkhah, Kylie Moore-Gilber, também iniciou uma greve de fome.

Em uma carta aberta dirigida ao Centro de Direitos Humanos no Irã (CHRI), com sede em Nova York, os envolvidos alegam ter sido submetidos a "tortura psicológica" e "numerosas violações de seus direitos humanos fundamentais".


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