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Estado de Minas

Varsóvia convoca embaixador russo após acusações de Putin


postado em 27/12/2019 19:55

O ministério polonês das Relações Exteriores convocou o embaixador russo para protestar contra as "insinuações históricas" do presidente Vladimir Putin, que acusou a Polônia de conluio com Hitler e com o antissemitismo.

A convocação ocorre em um contexto de grande tensão entre Varsóvia e Moscou, quando a Polônia - membro da Otan e da União Europeia - teme o que considera tendências agressivas na política russa, especialmente em relação à Ucrânia.

A Polônia expressa "sua firme objeção às insinuações históricas efetuadas pelas mais altas autoridades russas nos últimos dias", disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Marcin Przydacz, citado pela agência de imprensa PAP.

Nos últimos dias, Putin acusou duas vezes a Polônia de conluio com Hitler nas vésperas da Segunda Guerra Mundial.

Na terça-feira, em discurso no ministério russo da Defesa, Putin garantiu ter documentos históricos que revelam que os poloneses "concluíram praticamente uma aliança com Hitler".

Segundo Putin, o embaixador polonês em Berlim, "um porco antissemita, se solidarizou completamente com Hitler" e prometeu em 1938 erigir "um belo monumento" em Varsóvia para o líder nazista após ele propor o "envio dos judeus às colônias da África".

Nas vésperas da invasão alemã da Polônia, em 1º de setembro de 1939, a URSS de Stalin e a Alemanha nazista fizeram um acordo para dividir a Europa Oriental, em um protocolo secreto conhecido como pacto Ribbentrop-Molotov, firmado em 23 de agosto.

A URSS atacou a Polônia em 17 de setembro de 1939, quando o Exército polonês já enfrentava as forças alemãs. Os soviéticos ocuparam boa parte do território polonês, mas a Alemanha acabou invadindo a URSS em 22 de julho de 1941.

A chancelaria polonesa assinalou nesta sexta-feira que a Polônia "foi o primeiro país a se envolver na resistência armada, em setembro de 1939, contra um Exército alemão apoiado pela União Soviética".

Recordou ainda que a agressão alemã causou a morte de seis milhões de cidadãos poloneses, incluindo três milhões de judeus.


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