O exército israelense reconheceu nesta terça-feira em comunicado que o bombardeio em Gaza em que morreram nove membros de uma família ocorreu por um erro dos serviços de inteligência.
Soldados israelenses bombardearam em 14 de novembro a casa de Rasmi Abu, considerado por Israel como um dirigente do grupo palestino Jihad Islâmica.
Abu e oito membros de sua família morreram no ataque. Entre as vítimas estavam cinco crianças.
O exército israelense assegurou em um comunicado que, segundo a informação apurada antes do ataque, a casa de Abu "era considerada pela Jihad Islâmica como uma instalação dessa organização terrorista".
Israel havia "previsto" que "o ataque não afetaria civis", segundo o comunicado.
No entanto, uma investigação militar posterior demonstrou que "embora tenham sido realizadas atividades militares no edifício, não se tratava de uma instalação militar fechada e que na verdade havia civis ali".
Segundo o comunicado, a investigação "analisou os acertos e os erros do exército" e "em suas conclusões são dados uma série de conselhos para evitar, o máximo possível, a repetição de incidentes similares".
A sequência de ataques entre Israel e a Jihad Islâmica começou no dia 12 de novembro, depois que as tropas israelenses abateram um dirigente do grupo palestino, que respondeu com o lançamento de 450 mísseis contra o território israelense.
Israel impõe há uma década um estrito bloqueio na Faixa de Gaza, onde vivem dois milhões de pessoas.