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Estado de Minas

Alemanha admite leve atraso no gasoduto Nord Stream 2 por sanções americanas


postado em 23/12/2019 10:31

As sanções americanas contra o projeto de gasoduto russo Nord Stream 2 provocarão um leve atraso de alguns meses, mas a construção terminará no segundo semestre de 2020, afirmou nesta segunda-feira uma fonte do governo da Alemanha, país destino do duto.

As sanções "vão atrasar a conclusão do Nord Stream 2, no Báltico, mas espero que o projeto esteja concluído no segundo semestre de 2020", disse Peter Beyer, coordenador do projeto no governo alemão, à rádio pública Deutschlandfunk.

O gasoduto, que dobrará o abastecimento direto de gás natural para a Europa Ocidental através do mar Báltico, deveria ser concluído no início de 2020 e entrar em operação em meados do próximo ano.

"Existem alternativas, mas provocarão adiamentos e custos mais elevados", afirmou Beyer, para quem as recentes sanções provocam "muito dano".

"Não é algo correto entre amigos", completou.

O presidente americano, Donald Trump, promulgou uma lei na sexta-feira para impor sanções às empresas associadas à construção do Nord Stream 2 e do TurkStream, por considerar que as obras aumentarão a dependência dos europeus do gás russo e contribuirão para fortalecer a influência de Moscou.

O governo dos Estados Unidos justificou as sanções alegando que pretende apoiar a Ucrânia, em conflito com a Rússia desde a anexação da Crimeia em 2014 e pela guerra que acontece na região leste do país.

As sanções foram criticadas por Berlim, principal beneficiário do Nord Strem 2, e pela União Europeia, que denunciou uma "interferência" dos Estados Unidos nos assuntos internos do continente.

Após a aprovação das sanções, a empresa suíça Allseas, responsável pela instalação dos tubos, anunciou no sábado a suspensão de sua participação no projeto, à espera de "esclarecimentos".

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a Rússia estava "analisando a situação" e considerou que as sanções são "inaceitáveis".

"Estamos convencidos de que nem mesmo estas medidas impedirão a conclusão da construção de um projeto tão importante", declarou, antes de afirmar que o Kremlin não deixará as sanções "sem resposta".


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