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Estado de Minas

Greves contra a Previdência ameaçam festas de final de ano na França


postado em 23/12/2019 09:55

Os franceses que querem pegar o trem para as festas de final de ano terão que ser pacientes: os grevistas mobilizados contra a polêmica reforma previdenciária querem manter o movimento, enquanto o governo deve anunciar nesta segunda-feira o calendário das negociações.

Após um fim de semana de início de férias complicado para os viajantes, a operadora ferroviária SNCF prevê um tráfego "ainda fortemente perturbado" nesta segunda-feira. Apenas 40% dos trens de alta velocidade e trens expressos regionais operarão, 20% dos trens suburbanos e um quarto dos trens de média distância.

Na região de Paris, a "melhoria" prometida pela operadora de transporte urbano RATP permanece mínima, com ainda seis linhas de metrô fechadas, operação normal apenas para as duas linhas automatizadas e circulação normal da rede expressa regional (RER) apenas na hora do rush.

Na terça-feira, véspera de Natal, os trens suburbanos da região de Paris vão parar gradualmente de circular a partir das 18h00 até pelo menos quarta-feira à tarde, alertou a SNCF.

O presidente francês Emmanuel Macron falou no sábado em Abidjan, durante uma visita à Costa do Marfim, para lembrar aos grevistas que é "bom saber como fazer greve" e apelou ao "espírito de responsabilidade".

O novo responsável pela reforma do governo, Laurent Pietraszewski, considerou no domingo que as propostas apresentadas à SNCF e À RATP, relativas à progressividade da redução da idade de aposentadoria ou do nível de aposentadoria, deveriam "permitir retornar ao trabalho".

Dois sindicatos do setor ferroviário (CGT-Cheminots e SUD-Rail), que planejam ações em 28 de dezembro, bem como parte do sindicato reformista CFDT, não compartilham esta opinião.

Show na estação de Austerlitz em Paris, refeição na estação ou reunião em frente às prefeituras ou escritórios do partido do presidente LREM... "Um conjunto de iniciativas para celebrar o Natal entre grevistas" está previsto "segunda-feira e terça-feira", disse o secretário-geral da CGT-Cheminots, Laurent Brun.

Eles não são a única preocupação do governo, que quer substituir os 42 sistemas de pensão existentes por um "sistema universal" por pontos e exclui o retorno à "supressão dos sistemas especiais", como lembrou Pietraszewski.

O novo secretário deve apresentar "um programa e cronograma de consultas nesta segunda-feira", com reuniões com os parceiros sociais no início de janeiro, com o projeto esperado no Conselho de Ministros dia 22.

Se não conseguir satisfazer o CGT e o FO, que convocaram uma mobilização em 9 de janeiro, terá de se ater aos sindicatos favoráveis à reforma, como CFTC e Unsa, e em particular o CFDT.

No entanto, Pietrasezwski já rejeitou algumas de suas reivindicações, como a consideração de certos fatores de insalubridade, incluindo o transporte de cargas pesadas.

A linha vermelha para os defensores da reforma, a idade de equilíbrio aos 64 anos com uma penalidade de bônus, desejada pelo governo em 2027 para ajustar as contas sem aumentar as contribuições, será um ponto crucial nos debates.


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