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Estado de Minas

Novo presidente da Argélia assume cargo, apesar da oposição nas ruas


postado em 19/12/2019 11:25

O novo presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, prestou juramento e assumiu o cargo nesta quinta-feira, uma semana após sua eleição, que foi alvo de boicote e protestos nas ruas do país.

Tebboune, de 74 anos, foi eleito no primeiro turno das eleições para substituir Abdelaziz Buteflika, de quem foi primeiro-ministro e que se viu forçado a renunciar em abril devido a uma forte contestação popular chamada "Hirak", e que permanece atuante até hoje.

O novo presidente terá que enfrentar essas manifestações, que exigem o desmantelamento e a profunda renovação da classe política, reivindicações negadas até agora.

Os manifestantes veem em Tebboune uma extensão de Buteflika e não consideram sua escolha legítima.

A abstenção nas eleições de 12 de dezembro foi recorde.

"As eleições foram realizadas em um clima calmo e sereno e nos levarão a uma nova Argélia, conforme solicitado pelo povo", disse Abdelkader Bensalah, que liderava o governo de transição até agora.

Vencedor da controversa eleição presidencial de 12 de dezembro, Tebboune assumiu o cargo nesta quinta-feira em uma cerimônia solene em Argel.

Com a mão direita sobre o Corão, pronunciou a longa fórmula prevista na Constituição, jurando em particular "respeitar e glorificar a religião islâmica, defender a Constituição, garantir a continuidade do Estado", mas também "agir com o objetivo de consolidar o processo democrático e respeitar a livre escolha do povo".

Antes da cerimônia, o presidente do Conselho Constitucional, Kamel Fenniche, leu a proclamação dos resultados definitivos que consagram a eleição de Tebboune com 58,13% dos votos, diante de um grupo de dignitários, entre eles, o general Ahmed Gaïd Salah, de 79 anos.

O chefe do Estado-Maior do Exército é, desde abril, o rosto do alto comando militar, pilar do governo argelino que assumiu abertamente a realidade do poder desde a renúncia de Buteflika.

Na prática, Bensalah, presidente da Câmara Alta, assumiu o cargo de presidente desde a partida de Buteflika, muito além do período máximo de três meses previsto na Constituição.

Tebboune é um antigo e fiel defensor de Buteflika, de quem foi ministro por muito tempo, e então primeiro-ministro efêmero, antes de Buteflika ser destituído após três meses e cair na miséria.

Mas para o "Hirak", esse oficial de carreira continua sendo um representante puro do "sistema" à frente do país desde sua independência em 1962.

Um "sistema" que a rua quer se livrar.

Por seu lado, Tebboune prometeu aos jovens - a espinha dorsal do "Hirak", em um país onde os menores de 30 anos representam mais de 53% da população - um novo governo com "jovens ministros que não excedem os 26 e 27 anos".


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