O polêmico político boliviano Luis Fernando Camacho, uma das principais figuras envolvidas na saída do então presidente Evo Morales e que almeja concorrer à presidência, foi interrompido nesta quinta-feira durante uma conferência em Washington por manifestantes que o chamaram de "assassino" e denunciaram um "golpe na Bolívia".
Camacho estava na capital americana participando de um evento organizado pelo centro Diálogo Interamericano, no qual apresentou seu plano para a Bolívia, após anunciar - no fim de novembro - interesse em participar das próximas eleições presidenciais.
Ao longo do evento, o líder cívico de Santa Cruz - região mais próspera do país - foi interrompido por manifestantes que o chamaram de "assassino" e "fascista neonazista". Também foi cercado por ativistas que exibiam cartazes onde estava escrito "Não ao golpe de Estado na Bolívia".
Em meio à crise política no país sul-americano após a anulação das eleições presidenciais de 20 de outubro, nas quais Morales obteve o quarto mandato e que foram consideradas fraudulentas, Camacho emergiu como uma figura chave nas manifestações que levaram à renúncia do então presidente.