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Estado de Minas

ONG diz que China tem o maior número de jornalistas presos


postado em 11/12/2019 08:42

Pelo menos 250 jornalistas estão presos no mundo atualmente, sobretudo na na China, em meio a um crescente ataque de regimes autoritários contra a mídia independente, informou uma ONG pela liberdade de imprensa.

Muitos desses jornalistas são acusados de "cometer crimes contra o Estado" ou de espalhar "notícias falsas", informa em um relatório o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York.

O relatório também cita a Turquia, Arábia Saudita, Eritreia, Vietnã e Irã como outros países onde o jornalismo é perigoso.

O CPJ contabilizou pelo menos 48 jornalistas presos na China, um a mais que em 2018. Questionada sobre isso, uma porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, disse a repórteres nesta quarta-feira que a China é um "país regido pela lei".

"Se você violar a lei, qualquer que seja seu status, seja jornalista ou funcionário público, estará sujeito a uma investigação judicial", explicou.

Atrás da China, aparece a Turquia com 47 jornalistas presos. O número, embora em queda em relação ao ano passado (63), não representa realmente uma melhoria: o governo fechou mais de cem meios de comunicação e lançou investigações por apologia ao terrorismo que intimidaram ou fizeram muitos jornalistas perderem seus empregos.

"Dezenas de jornalistas turcos que atualmente não estão na prisão estão aguardando julgamento ou na fase de apelação e ainda podem ser condenados a penas de prisão, enquanto outros foram sentenciados à revelia e serão presos se retornarem ao país", enfatizou o CPJ.

Arábia Saudita e Egito têm 26 jornalistas presos.

O Comitê considera que o número total de 250 é alto, mesmo que seja inferior aos 255 de 2018 e 273 de 2016.

Entre os casos emblemáticos, a ONG cita a chinesa Sophia Huang Xueqin, presa em outubro depois de descrever em seu blog sua experiência nas manifestações pró-democracia em Hong Kong, e o iraniano Mohamad Mosaed, que enviou um tuite durante um corte de Internet destinado a limitar a divulgação de notícias sobre uma manifestação contra os preços dos combustíveis.


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