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Estado de Minas FRANÇA

Caos nos transportes continuam


postado em 07/12/2019 04:00

Dez das 16 linhas do metrô de Paris ficaram fechadas e devem seguir assim pelo fim de semana(foto: Philippe Lopez/AFP)
Dez das 16 linhas do metrô de Paris ficaram fechadas e devem seguir assim pelo fim de semana (foto: Philippe Lopez/AFP)


A França passou pelo segundo dia consecutivo de greve, o que causou caos nos transportes e falta de funcionários em escolas e hospitais. Representantes de sindicatos disseram que não vão afrouxar o movimento grevista contra a reforma previdenciária de Emmanuel Macron até o presidente recuar da proposta.

Trens com destino a Paris foram cancelados no horário de pico e 10 das 16 linhas de metrô foram fechadas, enquanto outras ofereciam serviços limitados. Como os usuários do transporte interurbano recorreram aos seus carros, congestionamentos de 350 quilômetros entupiram as ruas dentro e ao redor da capital, de acordo com o aplicativo de trânsito Styadin.

Os ferroviários prorrogaram sua greve e sindicatos da RATP, a operadora de ônibus e metrô de Paris, disseram que sua paralisação continuará até segunda-feira. "Protestaremos durante uma semana ao menos, e no fim desta semana é o governo quem recuará", disse Patrick dos Santos, de 50 anos, funcionário do transporte de Paris.

Grande parte da França parou desde quinta-feira, quando funcionários dos sistemas de transporte entraram em greve acompanhados de professores, médicos, policiais, bombeiros e outros servidos públicos. Gás lacrimogêneo se espalhou pelas ruas de Paris e Nante,s à medida que os protestos se tornaram violentos.

QUEDA DE BRAÇO

A greve coloca, de um lado, Macron, um ex-banqueiro de investimento de 41 anos, que tomou posse em 2017, prometendo abrir a economia altamente regulada da França. Do outro, centrais sindicais poderosas dizem que ele está determinado a desmantelar as garantias trabalhistas do país. As principais centrais sindicais se reuniriam ontem para decidir as próximas ações. O resultado depende de quem cede primeiro – os sindicatos, que correm o risco de perder o apoio público se os transtornos durarem muito, ou o presidente, cujos dois anos e meio no cargo vêm sendo abalados por ondas de tumultos sociais.

O ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, disse que uma reforma profunda é necessária para tornar o generoso sistema de pensões sustentável. Macron quer simplificar o sistema de pensões atual, que comporta mais de 40 planos diferentes. Ferroviários e marinheiros, por exemplo, se aposentam até uma década mais cedo do que a média dos trabalhadores. Ele diz que o sistema é injusto e caro demais e que os franceses terão que trabalhar mais tempo.



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