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Estado de Minas

Dois diplomatas russos são expulsos da Alemanha por caso de assassinato


postado em 04/12/2019 09:31

A Alemanha expulsou nesta quarta-feira "com efeito imediato" dois diplomatas russos, acusando Moscou de não ter "cooperado suficientemente" na investigação do assassinato em Berlim de um georgiano do qual um russo é suspeito.

Este anúncio segue a decisão do Ministério Público Federal alemão, competente em matéria de espionagem, de conduzir esta investigação, referindo-se a um "contexto político".

A justiça alemã considera que o assassinato deste georgiano, da minoria chechena do país, identificado pelas autoridades alemãs como Tornike K., foi cometido "ou em nome de entidades estatais da Federação russa ou em nome da República Autônoma da Chechênia".

Por sua vez, Moscou negou formalmente estar envolvido neste caso e anunciou que tomará medidas de retaliação a respeito da expulsão dos diplomatas.

"O ministério das Relações Exteriores declarou hoje dois funcionários da embaixada da Rússia em Berlim persona non grata e com efeito imediato", informou Berlim em comunicado.

"O governo federal reage assim ao fato de que as autoridades russas, apesar dos repetidos pedidos, não cooperaram suficientemente com a investigação", acrescenta o ministério alemão.

Berlim afirma ter tentado repetidamente, sem sucesso, obter explicações sobre este crime da parte da Rússia, como recentemente em novembro, em um encontro entre o secretário de Estado alemão Andreas Michaelis e o embaixador russo em Berlim Serguei Netchaiev.

As expulsões podem ser seguidas de "outras medidas", dependendo do andamento da investigação, alertou Berlim.

Em 23 de agosto, em plena luz do dia em um parque no centro da capital alemã, um georgiano de 40 anos identificado pela primeira vez como Zelimkhan Khangochvili foi morto com três tiros de uma arma com silenciador.

Testemunhas mencionaram uma "execução".

O suspeito preso perto da cena do crime, um russo, permanece calado deste sua detenção. Ele possuía documentos de identidade em nome de Vadim Sokolov, 49 anos, que não aparece nas bases de dados russas.

Na verdade, trata-se de Vadim Krasikov, 54 anos, que foi alvo de um mandado de prisão internacional de Moscou pelo assassinato de um empresário russo em 2013. Os vídeos mostram ele se aproximando da vítima em uma bicicleta - como em Berlim - antes de atirar nas costas e na cabeça.

Esse caso abre uma nova crise diplomática com a Rússia, já apontada como responsável pelo envenenamento de Serguei Skripal, um ex-agente duplo russo na Inglaterra em março de 2018.


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