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Estado de Minas

Trump viaja para reunião da Otan indignado com nova etapa do impeachment


postado em 02/12/2019 18:06

O presidente de Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta segunda-feira (2) a oposição democrata por conta da investigação para abertura de um processo de impeachment, uma ação que classificou como "uma farsa".

"É uma vergonha absoluta o que eles estão fazendo com nosso país", disse o presidente republicano, referindo-se à investigação para a abertura do processo de impeachment no Congresso.

"Estamos lutando pelo povo americano", destacou ao partir da Casa Branca para a cúpula por ocasião do 70º aniversário da Aliança Atlântica (Otan) em Londres.

Após dois meses de investigação, a Câmara de Representantes, controlada pelos democratas, começa na quarta-feira debate legal para saber se os fatos apresentados pelo presidente são graves o suficiente para justificar o processo destituição.

Apesar dessa movimentação política, já classificada por Trump como uma "caça às bruxas" e tentativa de golpe de Estado, o presidente ficou mais revoltado nesta segunda por conta da decisão dos "democratas radicais de esquerda", como o próprio definiu os opositores, por terem organizado uma audiência pública em um período em que ele estará fora do país para um evento que está "agendado há um ano".

"Esta é uma das viagens mais importantes que os presidentes fazem", disse Trump sobre a cúpula da Otan.

Trump é acusado pela oposição de abuso de poder por reter a ajuda militar dos Estados Unidos para a Ucrânia para pressionar o governo do país europeu para abrir uma investigação de corrupção contra um possível adversário nas eleições de 2020, o ex-vice-presidente democrata Joe Biden.

O bilionário republicano disse que tem o direito de saber sobre um possível caso de "corrupção" de Biden, cujo filho Hunter fazia parte do conselho de uma companhia de gás ucraniana, e jura que não pressionou Kiev.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, negou novamente qualquer acordo do tipo "toma lá, dá cá" com Trump para esta ajuda militar, numa entrevista publicada nesta segunda em vários veículos internacionais, incluindo as revistas Time, Le Monde e Der Spiegel.

Trump considerou que isso deveria ser suficiente para provar sua inocência. "Se os democratas radicais de esquerda fossem sãos, o que eles não são, o caso terminaria!", escreveu no Twitter.

"Mas isso nunca vai acabar", disse depois à imprensa.

- Audiência com especialistas na quarta-feira -

A investigação no Congresso para a abertura de um processo de impeachment contra Trump começou em 24 de setembro com audiências a portas fechadas em três comitês da Câmara dos Representantes. Em meados de novembro, o processo passou para a fase pública, na qual várias testemunhas forneceram elementos inconvenientes ao presidente ao Comitê de Inteligência da casa legislativa

Controlado pelos democratas, esse comitê deve aprovar, em votação na terça-feira, seu relatório e depois transmiti-lo ao Comitê Judiciário.

Também dominado pelos democratas, é esse comitê que assumirá as rédeas do processo de impeachment com a organização na quarta-feira da audiência de especialistas em direito constitucional.

O Comitê Judiciário convidou Trump para "participar", pessoalmente ou através de seus advogados ou fazendo perguntas escritas às testemunhas.

Mas a Casa Branca respondeu na noite de domingo que não iria aparecer, embora não descartasse a possibilidade de participar mais tarde se o procedimento se tornasse "justo". Os democratas deram a ele até sexta-feira para decidir.

Este comitê terá que determinar se os fatos alegados contra Trump estão dentro dos possíveis motivos de impeachment citados na Constituição dos Estados Unidos, que são atos de "traição, corrupção ou outros crimes e delitos graves".

Seus membros poderiam considerar quatro acusações: abuso de poder, corrupção, obstrução do Congresso e obstrução da justiça.

Já os republicanos, com uma grande maioria ainda leal a Trump, parecem dispostos a rejeitar todas acusações.

Uma vez definidas, as acusações serão submetidas a votação no plenário da Câmara, talvez antes do Natal.

Por conta da maioria democrata na câmara baixa, Trump deve entrar nos livros de história como o terceiro presidente dos Estados Unidos a enfrentar um processo de impeachment. Mas sua destituição é improvável, porque o encarregado de julgar Trump será o Senado, controlado pelos republicanos e onde a maioria atualmente apoia o presidente.


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