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Estado de Minas

Extrema direita alemã elege compromisso entre moderados e radicais para sua direção


postado em 30/11/2019 16:43

O partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) elegeu durante um congresso neste sábado uma dupla que deverá agradar a moderados e radicais, cuja influência cresce neste jovem partido.

Reunidos em Brunswick, os cerca de 570 delegados da Alternativa para a Alemanha (AfD) designaram Tino Chrupalla, 44, deputado da Saxônia, que conta com o apoio da ala mais radical do partido, para suceder o patriarca Alexander Gauland, 78, que desejava passar o bastão.

Os delegados também renovaram na liderança do partido, por dois anos, o eurodeputado Jörg Meuthen, que representa a corrente "moderada", em declínio frente aos radicais.

Chrupalla, um pintor de obras originário da antiga RDA, onde a ultradireita encadeou êxitos eleitorais, apresentou-se como um unificador ao convencer a grande maioria dos radicais. Ele insistiu na necessidade de uma direção "com representantes do leste e oeste, graduados e não graduados", para enviar um "sinal histórico" aos eleitores da AfD.

Em Brandeburgo, Saxônia e Turingia, a AfD ganhou mais de 20% dos votos e se tornou a segunda maior força. Por isso, as federações orientais reclamavam um dos dois postos de direção.

Jörg Meuthen, um economista de 58 anos oriundo do próspero Baden-Wurtemberg, assinalou que o objetivo do AfD deveria ser se preparar para governar, aproveitando que os grandes partidos, como a CDU, de Angela Merkel, e os social-democratas do SPD, estão, segundo ele, esgotados. "Temos que estar preparados. A Alemanha precisa de nós", insistiu.

Paralelamente ao congresso, cerca de 20 mil manifestantes, segundo os organizadores, reuniram-se no centro de Brunswick para protestar contra a presença da ultradireita.

A AfD, terceira maior força política no Parlamento alemão - atrás de CDU e SPD -, com cerca de 90 deputados, está estancada em nível nacional, com de 13% a 15% das intenções de voto. Começou como um partido contrário ao euro, mas, com o tempo, tornou-se uma força contrária aos imigrantes e a Merkel, rejeitando a política da chanceler de abrir as fronteiras em 2015 e 2016, quando o país acolheu 1 milhão de solicitantes de asilo.


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