Jornal Estado de Minas

Mulher fica cega com explosão de bomba de gás lacrimogêneo no Chile

Uma mulher de 36 anos ficou cega após ser atingida no rosto por uma bomba de gás lacrimogêneo durante distúrbios em Santiago, em meio à crise social que abala o Chile, informó este miércoles el Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH).

O INDH anunciou que apresentará uma ação contra o Corpo dos Carabineiros "pelo homicídio frustrado" de Fabiola Campillay, de 36 anos, que como denunciaram sua irmã e seu marido "recebeu uma (bomba) lacrimogênea no rosto e perdeu os dois olhos".


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O incidente ocorreu na noite de terça-feira, quando Campillay se dirigia ao trabalho no bairro de San Bernardo (sul de Santiago) e ocorriam distúrbios na ferrovia que corta a região.

A mulher foi levada ao centro médico de San Bernardo para ser atendida por diversos ferimentos, na cabeça e no rosto.

O INDH também denunciou nesta quarta-feira que o fotógrafo chileno Claudio Pérez, que trabalha para o Instituto, foi agredido pela polícia quando cobria um protesto feminista em Santiago.

"Voltava para casa à noite após uma manifestação pacífica por ocasião do Dia Internacional Contra a Violência contra a Mulher quando sofri o ataque policial", contou Pérez, 62 anos, à AFP.

Segundo o fotógrafo, ele caminhava pela Avenida Alameda com outras pessoas, no trecho do Cerro Santa Lucía, quando surgiram "uns 6 ou 10 pacos (policiais) gritando algo incompreensível".

Pérez, que carregava as credenciais do INDH e um capacete com câmera GoPro, acionou "por instinto o botão da câmera para gravar a situação", que ficou registrada em vídeo.

A gravação mostra Pérez exibindo sua credencial enquanto é agredido, tem sua câmera arrancada e recebe golpes de cassetete nos glúteos.

Pérez grita: "tenho 62 anos, sou um avô...".

Já no chão, Pérez é insultado por estar filmando os Carabineiros.

Finalmente, os policiais se afastam e chegam as brigadas de voluntários paramédicos para socorrer o grupo.


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