Um palestino condenado pelo assassinato de três israelenses morreu nesta terça-feira de câncer no hospital para o qual foi transferido da prisão, anunciaram as autoridades penitenciárias de Israel.
A morte, que provocou acusações palestinas de negligência, acontece em um momento de grande tensão, com protestos agendados para vários pontos da Cisjordânia.
A autoridade penitenciária de Israel informou que um detento de segurança máxima, gravemente doente e que não teve o nome divulgado, faleceu depois de ser levado para um hospital israelense.
A agência de notícias palestina WAFA o identificou como Sami Abu Diyak, de 36 anos, que sofria de câncer terminal, que teve rejeitado o pedido de liberação por razões humanitárias para encontrar a família.
Sami Abu Diyak foi detido em 2002, durante a segunda intifada palestina. A autoridade penitenciária informou que ele foi condenado por matar três pessoas.
A comissão de assuntos de prisioneiros palestinos afirma que a tensão é elevada nas prisões israelenses depois da morte.
O presidente palestino Mahmud Abbas afirmou em um comunicado que considera Israel responsável pela morte de Abu Diyak, alegando que "foi submetido à negligência médica deliberada, praticada pelas autoridades de ocupação (israelenses) contra todos os prisioneiros".
De acordo com o clube de prisioneiros palestinos, Diyak foi o quinto detento palestino que morreu sob custódia israelense em 2019.