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Estado de Minas ELEIÇÕES

Uruguai espera pela recontagem

Nenhum dos candidatos obteve 50% dos votos no domingo. Corte eleitoral começa hoje nova apuração e termina na 6ª


postado em 26/11/2019 04:00

Montagem de fotos do opositor Louis Lacalhe Pou (E) e do candidato governista Daniel Martinez, que, por enquanto, se consideram vitoriosos(foto: Eitan Abramovich e Pablo Porciuncula/AFP )
Montagem de fotos do opositor Louis Lacalhe Pou (E) e do candidato governista Daniel Martinez, que, por enquanto, se consideram vitoriosos (foto: Eitan Abramovich e Pablo Porciuncula/AFP )

O Uruguai entrou em compasso de espera após o segundo turno das eleições presidenciais de domingo, que deixou o candidato opositor de centro-direita Luis Lacalle Pou à frente da apuração, mas aguardando a recontagem de votos para confirmar sua vantagem sobre o candidato governista Daniel Martínez. Após a primeira apuração, Lacalle Pou, de 46 anos, líder do Partido Nacional, teve 48,71% dos votos, e Martínez 47,51%. Contudo, a diferença de apenas 30 mil votos é inferior a dos votos “observados”, quando os eleitores votam em colégio eleitoral que não correspondem àqueles em que estiverem inscritos ou não aparecem no registro, nesse caso 35 mil cédulas, o que significa que é necessário aguardar que a Corte Eleitoral organize a apuração secundária (a recontagem voto a voto), que desta vez será crucial para definir o novo presidente.
 
No Uruguai, assim como no Brasil, cada eleitor deve votar em um colégio eleitoral específico. Quando isso não é possível, o cidadão tem o seu voto “observado”. A lei estabelece que, nesses casos, o eleitor pode votar, para que depois a Corte verifique a existência do eleitor e o reinscreva no registro antes de validar o voto. Assim, a recontagem demanda mais tempo. O cenário é adverso para Martínez.
 
Após a apuração de 100% dos colégios eleitorais, ele precisa obter 91% dos votos observados, de acordo com a empresa de consultoria Enia, que analisa as estatísticas de votação. O presidente da Corte Eleitoral, José Arocena, anunciou que a recontagem começará hoje e terminará, no mais tardar, nesta sexta-feira. Enquanto Martínez celebrou o resultado, ao lado de vários líderes da Frente Ampla, depois de uma campanha em que foi muito criticado dentro do próprio partido, Lacalle Pou criticou o candidato do governo por não reconhecer a derrota.
O oposicionista Lacalle Pou afirmou ontem que o resultado do segundo turno das eleições é “irreversível.” Já Martínez, sem assumir a derrota, pediu cautela e sustentou que não teria problemas em cumprimentar o oponente, uma vez confirmada a vitória de Lacalle Pou. No Twitter, escreveu: “Sempre respeitamos a voz do povo. O correto é esperar os resultados da Corte Eleitoral.”

Republicanos Lacalle Pou disse que o atual presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, o telefonou, diferentemente do candidato Martínez. Ele destacou o republicanismo do atual chefe de Estado. “O presidente, como nós, vai ater-se ao que a Corte afirmará em poucos dias, que a 'coalizão multicolor' venceu a eleição de 24 de novembro”, acrescentou o líder do Partido Nacional, em referência à aliança eleitoral estabelecida com partidos liberais, de direita e social-democratas.
 
Martinez, que foi o primeiro a falar, não admitiu a derrota e disse a seus simpatizantes que ainda restam “alguns votos a serem contados”. A votação apertada representou uma recuperação da Frente Ampla após os resultados do primeiro turno de 27 de outubro e mostrou um eleitorado dividido. O Uruguai pode dar uma guinada após três mandatos consecutivos da Frente Ampla, uma coalizão de partidos de esquerda que reúne socialistas, comunistas, social-democratas, ex-guerrilheiros e economistas ortodoxos.
 
Em 15 anos de poder, a coalizão de esquerda aprovou o aborto em 2012, assim como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a legalização da maconha em 2013. Mas, teve que enfrentar nos últimos anos o índice de desemprego de 9,5%, uma economia estagnada com persistente déficit fiscal de 4,9% do PIB, além do aumento de 45% no número de homicídios entre 2017 e 2018, em um país considerado seguro no contexto latino-americano.

Hong Kong pela democracia


A oposição pró-democracia de Hong Kong teve vitória avassaladora nas eleições locais de domingo, num sinal de reprovação à chefe do Executivo do território semiautônomo, Carrie Lam, pela forma como lidou com a onda de protestos iniciada na cidade há quase seis meses e marcada por vários episódios de violência. Wu Chi-wai, líder do maior partido pró-democracia de Hong Kong, disse ontem que o bloco oposicionista conquistou quase 90% dos 452 assentos disputados, garantindo o controle inédito de 17 de 18 conselhos distritais. Um recorde de 71% dos 4,1 milhões de eleitores registrados em Hong Kong votaram ontem, bem acima dos 47% da mesma eleição de quatro anos atrás.  eleição para o conselho distrital de Hong Kong registrou ontem comparecimento recorde. Segundo a comissão eleitoral, 71% dos 4,1 milhões de eleitores votaram. Na última eleição distrital, em 2015, apenas 47% foram às urnas. A votação ocorreu sem violência.Ainda ontem, houve novas manifestações pró-democracia no país.


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