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Estado de Minas INTERNACIONAL

Grandes empresas nos EUA reduzem investimentos


postado em 24/11/2019 11:46

Muitas das maiores companhias dos Estados Unidos estão moderando gastos com equipamentos e outros investimentos em meio a um ambiente incerto para negócios, que estimula algumas empresas a adiarem ou arquivarem projetos outrora promissores. Isso pode atrapalhar o crescimento econômico.

A redução começou quando tensões comerciais se elevaram, deixando empresas com incertezas sobre suas cadeias de produção e seus lucros. Ela continuou com sinais de redução no crescimento global e com o aumento da preocupação de consumidores sobre o futuro. Nomes como Harley-Davidson Inc., AT&T; Inc. e Target Corp. se juntam a pequenas empresas ao frearem investimentos. Algumas companhias alertaram que a tendência pode continuar até o ano que vem, quando a eleição para a presidência e o Congresso norte-americano deve deixar a tomada de decisões ainda mais incerta.

Enquetes sobre o sentimento de empresas mostram que tensões comerciais pesaram em planos de gastos; este mês, o Atlanta Federal Reserve constatou que 12% das empresas pesquisadas - incluindo uma em cada cinco indústrias - cortaram ou adiaram gastos em capital no primeiro semestre de 2019 por causa de preocupações com tensões comerciais ou tarifas, o dobro do índice na primeira metade de 2018.

"A incerteza comercial tem sido um grande obstáculo ao investimento dos EUA", diz o economista da Universidade de Stanford, Nicholas Bloom, que conduz a pesquisa mensal de incerteza de negócios em parceria com Steven Davis, da Universidade de Chicago, e com o Fed de Atlanta. Eles estimam que US$ 40 bilhões em investimentos foram perdidos no primeiro semestre de 2019 devido a questões comerciais, resultando em uma redução de cerca de 3% do US$ 1,4 trilhão em investimentos fixos não residenciais, ou gastos de capital em equipamentos, imóveis, veículos, computadores e afins. Desde 2000, esse tipo de investimento cresce 4% ao ano.

"Parte disso voltará - projetos adiados - mas parte será perdida permanentemente", diz Bloom. "Fábricas que nunca abrem, projetos de TI que são arquivados ou projetos de P&D; que são ignorados. Então eu acho que há um custo real de longo prazo para o crescimento dos EUA."

Gastos de capital das empresas no S&P; 500 aumentaram apenas 0,8% no terceiro trimestre, ou US$ 1,38 bilhão, ante o segundo trimestre, de acordo com dados da S&P; Dow Jones cobrindo empresas que apresentaram resultados até o meio do mês. Mas mesmo esse aumento modesto pode ser atribuído a algumas empresas com altos gastos: só Amazon e Apple aumentaram gastos de capital em US$ 1,9 bilhão no trimestre. Sem elas, os gastos totais das outras 438 companhias que reportaram até agora teriam tido leve queda. E os gastos totais teriam recuado em 2,2% se não fossem aumentos de três outras empresas: Intel, Berkshire Hathaway e Next Era Energy. Juntas, as cinco companhias aumentaram seu orçamento de capital em US$ 4,7 bilhões, ou 30%, do segundo para o terceiro trimestre.

O maior recuo entre empresas do S&P; 500 ocorreu no setor industrial, onde os gastos totais foram reduzidos em US$ 1,8 bilhão, ou 10%; e no setor financeiro, em que o gasto caiu US$ 951 milhões, ou quase 8%. Gastos aumentaram em 4,5%, ou US$ 1,2 bilhão, entre empresas de serviços e comunicação. O investimento fixo não-residencial, uma medida amplamente observada do investimento empresarial dos EUA, caiu 3% no terceiro trimestre e 1% no segundo - a primeira vez em que há declínios trimestrais consecutivos desde 2009, mostram dados da Unidade de Análise Econômica do Departamento de Comércio dos EUA.


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