Jornal Estado de Minas

Presidente do Líbano reafirma apelo ao diálogo para acabar com protestos

O presidente libanês, Michel Aoun, reafirmou na noite desta quinta-feira seu apelo ao "diálogo" com os manifestantes, mas evitou fazer propostas concretas, no 36º dia de um movimento de protesto contra uma classe política considerada corrupta e incompetente.


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Em um discurso na TV, na véspera do 76º aniversário da Independência, o presidente assinalou que "o diálogo" é o "único caminho pertinente para se resolver a crise".

O movimento de protesto, que explodiu no dia 17 de outubro, após o anúncio de novos impostos, provocou a demissão do primeiro-ministro Saad Hariri, mas as negociações para a formação de um novo gabinete se alongaram, para desgosto dos manifestantes.

Segundo a Constituição, o chefe de Estado deve iniciar consultas parlamentares para nomear um novo premier, algo que ainda não começou.

"Um novo governo (...) já deveria estar constituído e realizando seu trabalho", admitiu Aoun, que atribuiu o atraso às "contradições da política libanesa".

Aoun, 84 anos, destacou que é preciso "obter um governo que responda, na medida do possível, às ambições e aspirações" das ruas e que seja "eficaz".