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Estado de Minas

Mais de 100 manifestantes podem ter morrido no Irã


postado em 19/11/2019 14:25

Mais de 100 manifestantes podem ter morrido durante o movimento desencadeado na sexta-feira no Irã contra o aumento do preço da gasolina, afirmou nesta terça-feira a Anistia Internacional.

A organização humanitária denunciou um recurso "à força letal contra reuniões pacíficas".

"Ao menos 106 manifestantes em 21 cidades foram mortos, segundo informações concretas", apontou a ONG em um comunicado.

"O balanço real pode ser muito mais elevado, com informações sugerindo até 200 (pessoas) mortas".

"As autoridades devem pôr um fim imediato a essa repressão brutal e mortal", disse Philip Luther, diretor de pesquisa da Anistia Internacional para a região do Oriente Médio e Norte da África.

A ONG explicou que baseou suas informações em "vídeos verificados, testemunhos de pessoas e informações" de ativistas de direitos humanos fora do Irã.

Segundo a Anistia, as forças de segurança "receberam permissão para esmagar" as manifestações.

Os vídeos, acrescento, "mostraram membros das forças de segurança usando armas de fogo, canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. (...) Imagens de capsulas no chão, além do alto número de mortes, indicam que usaram balas reais".

Os vídeos também mostraram "atiradores de elite nos telhados de edifícios disparando contra a multidão e, em um caso, um helicóptero", continuou a ONG com sede em Londres.

"Embora a maioria dos protestos parecesse pacífica, em alguns casos, à medida que a repressão se intensificou, um pequeno número de manifestantes jogou pedras, causou incêndios e danificou bancos".

A Anistia pediu às autoridades que "levantem o bloqueio quase total da Internet, imposto para impedir o fluxo de informações sobre a repressão para o mundo exterior".

Mais cedo, a ONU disse que temia que "dezenas" de pessoas tenham sido mortas nesses protestos contra o aumento da gasolina e sua repressão.

Segundo informações publicadas na mídia iraniana, cinco mortes foram confirmadas oficialmente, incluindo a de três policiais.


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