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Estado de Minas

Reféns americano e australiano foram libertados no Afeganistão


postado em 19/11/2019 13:13

O Talibã libertou nesta terça-feira no sudeste do Afeganistão o refém americano Kevin King e o australiano Timothy Weeks, sequestrados em 2016, em troca da libertação de três membros talibãs pelo governo afegão, um gesto interpretado como um passo à frente rumo às negociações de paz no país.

"Os dois professores universitários foram libertados na área de Nawbahar, na província de Zabul", disse uma fonte policial à AFP, explicando que os dois reféns foram entregues às forças americanas e transportados por helicóptero.

Pouco depois, três prisioneiros do Talibã foram transportados para Doha, onde fica o escritório político do movimento, segundo uma fonte diplomática.

Um porta-voz do Talibã, Zabihulá Mujahid, disse à AFP que os três homens "chegaram aonde deveriam".

O presidente afegão Ashraf Ghani confirmou que a libertação desses dois reféns estrangeiros permitiria a libertação de Anas Haqqani, filho do fundador de um importante braço do Talibã e de outros dois prisioneiros talibãs.

Ghani admitiu que essa troca foi uma "decisão muito difícil", sendo ela a "principal condição para iniciar negociações informais" com o objetivo de encerrar o conflito que castiga o país há 18 anos.

Até agora, o Talibã rejeitou toda proposta de diálogo das autoridades afegãs, que considera ilegítimas.

Em comunicado, o Talibã, que também anunciou a libertação de 10 soldados afegãos, estimou que o que aconteceu na terça-feira é "um passo positivo e um gesto de boa vontade que pode ajudar o processo de paz".

Os dois reféns foram capturados há mais de três anos quando saiam da Universidade de Cabul para voltar para casa.

Em setembro deste ano, Washington suspendeu suas conversas com o Talibã sobre a retirada das tropas americanas do Afeganistão após um ataque no qual um soldado americano morreu.

Um projeto de acordo previa uma retirada progressiva das tropas americanas em troca de garantias de segurança, uma "redução da violência" e o início de negociações diretas entre o Talibã e as autoridades afegãs.


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