Inaugurado no sábado após mais de quatro anos de reformas, o emblemático Mercado Único de Havana fechou suas portas poucas horas depois por "indisciplina" social, quando recebia seus primeiros visitantes, informaram autoridades da ilha.
"Está certa a decisão [de fechar o mercado] como resultado da indisciplina e os maus-tratos da instalação", afirmou a Corporación Cimex, empresa mercantil de capital estatal cubano, em um comunicado divulgado na noite de sábado.
Ainda assim, prometeu que o mercado, uma das obras mais importantes inauguradas em Havana pelos 500 anos da fundação da cidade, voltará a abrir suas portas "na semana que vem".
Imediatamente após a abertura ao público na manhã de sábado, em meio a uma forte presença policial, milhares de pessoas entraram no mercado. Vídeos nas redes sociais mostram os clientes correndo para adquirir produtos que estão em falta, empurrões e brigas dentro do estabelecimento.
A inauguração ocorre em um contexto no qual as lojas da capital cubana enfrentam uma situação de desabastecimento de alimentos e outros bens. O governo cubano atribui a escassez ao bloqueio que Washington aplica à ilha desde 1962, intensificado durante o governo de Donald Trump.