Jornal Estado de Minas

Guaidó mobiliza partidários tentando voltar as ruas contra Maduro

Partidários do opositor Juan Guaidó se mobilizam neste sábado em Caracas, para exigir mais uma vez a saída do poder do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que também conclama seus apoiadores, diante de supostos planos para realizar um golpe de Estado no país.


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Com bandeiras da Venezuela e de partidos opositores, centenas manifestantes se concentraram desde de manhã na explanada José Martí, onde Guaidó - autoproclamado presidente interino - fará um discurso.

"Viemos com altas expectativas de que seja uma marcha em que não apenas dirigentes políticos subam em um palanque para falar umas coisas e todos voltem para casa", explicou à AFP Omar Kienzler, estudante de direito de 19 anos, na Plaza Altamira.

"Hoje, esperamos que sejam dadas declarações fortes, contundentes, que nos deem um caminho para toda Venezuela alcançar o fim definitivo da usurpação", acrescentou.

O dia é crucial para a liderança do parlamentar, que não conseguiu organizar nos últimos seis meses manifestações grandes como as que acompanharam sua autoproclamação, em janeiro, com o reconhecimento de cerca de 50 países, entre eles Brasil e Estados Unidos.

"Vamos à rua nos reencontrar juntos exercendo maioria, exigindo a maior reivindicação: a Venezuela", tuitou Guaidó neste sábado.

"Se não acontecer nada extraordinário, a liderança de Guaidó pode ir para a geladeira", opinou à AFP o cientista político Jesús Castillo-Molleda.

Uma pesquisa da Delphos aponta que 38% dos opositores deseja um novo líder.

Centenas de chavistas de vermelho também se mobilizaram no centro de Caracas em apoio a Maduro e Evo Morares - que o venezuelano afirma que sofreu um golpe na Bolívia.

"Mobilizados e alertas! Hoje, as ruas de Caracas se enchem com a alegria de nosso povo para defender seu direito sagrado à democracia, à liberdade, à convivência e à felicidade. Digamos ao mundo que a Venezuela está de pé e em paz, construindo a pátria socialista", escreveu Maduro no Twitter.

Ele garante que a oposição planeja ações violentas com apoio dos Estados Unidos e a vizinha Colômbia para desestabilizá-lo.


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