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Estado de Minas

Grupos pró-Guaidó ocupam parte da embaixada da Venezuela em Brasília


postado em 13/11/2019 12:55

Os partidários do do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por cerca de 50 países, entraram nesta quarta-feira na embaixada de Caracas em Brasília e ocupam parcialmente o local, informaram fontes diplomáticas e policiais.

Os adeptos de Guaidó dizem que conseguiram entrar no complexo graças ao apoio de funcionários da sede diplomática, enquanto o governo do presidente bolivariano Nicolás Maduro denunciou uma "invasão".

"Os dois grupos estão lá dentro, tentando encontrar uma solução pacífica", declarou o tenente Zé Fonseca, da Polícia Militar (PM) de Brasília, na entrada da sede diplomática.

O incidente ocorre no momento em que Brasília é sede da cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), profundamente dividido em torno da questão venezuelana: Moscou e Pequim são os principais aliados de Maduro, enquanto Brasília apóia Guaido.

"Denunciamos que as instalações de nossa embaixada em Brasília foram invadidas à força ao amanhecer. Responsabilizamos o governo brasileiro pela segurança de nosso pessoal e instalações", tuitou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza.

A Presidência do Brasil esclareceu que o "Presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela, por partidários do Sr. Juan Guaidó".

"As forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade", acrescentou o comunicado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência.

- Gritos e confusão -

O encarregado de negócios da embaixada, Freddy Mergote, convocou a solidariedade dos "movimentos sociais e partidos políticos" brasileiros para que rejeitem a entrada dos pró-Guaidó.

"Pessoas de fora de nossas instalações estão entrando, estão violando o território venezuelano. Precisamos de ajuda, precisamos da ativação imediata de todos os movimentos sociais e partidos políticos", afirmou.

Policiais cercaram a embaixada, em cujo interior foram vistos os defensores de Guaidó.

Do lado de fora, vários partidários da esquerda gritaram "Guaidó, golpe!".

Segundo testemunhos, houve confrontos físicos entre os dois lados na embaixada, mas sem registro de feridos.

A embaixadora de Guaidó, María Teresa Belandria, disse em comunicado que "um grupo de funcionários da embaixada da Venezuela no Brasil entrou em contato conosco para nos informar que reconhecem o presidente Juan Guaidó. Eles começaram a abrir as portas e entregar voluntariamente a sede representação diplomática legitimamente credenciada no Brasil".

Belandria convidou "todos os funcionários credenciados na embaixada e nos 7 consulados da Venezuela no Brasil para imitar aqueles que, como em Brasília, reconheceram Guaidó".

"Estamos em processo de negociação. O governo do Brasil terá que tomar as decisões que considerar melhores para os interesses do Brasil e salvaguardar a sede diplomática nas mãos de pessoas legitimamente reconhecidas", disse Belandria em declarações à televisão venezuelana.

"Permaneceremos o tempo necessário para resolver as coisas de maneira legal e pacífica", acrescentou.

O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, expressou seu apoio a Belandria.

"Nunca entendi essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela, por que a embaixadora Maria Teresa Belandria @matebe, indicada por ele, não estava pessalmente na embaixada? Ao que parece, agora está sendo feito o certo, o justo", tuitou.


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