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Estado de Minas

FARC denuncia assassinato de ex-candidato em zona de conflito na Colômbia


postado em 10/11/2019 12:55

O partido FARC, que surgiu do acordo de paz com ex-guerrilheiros comunistas da Colômbia, denunciou neste domingo o assassinato de um ex-candidato regional em uma área problemática no sudoeste do país, onde a violência experimentou um novo surto nas últimas semanas.

Diego Fernando Campo foi morto no sábado à tarde no município de Corinto, com vários disparos "em fatos sem esclarecimentos", afirmou o movimento de esquerda em comunicado.

Campo, de 31 anos, foi candidato da Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) à assembleia do departamento de Nariño, adjacente a Cauca, nas eleições locais de outubro.

Militou no partido FARC, mas não lutou durante a insurreição fracassada de meio século do que foi a guerrilha mais poderosa da América antes de assinar a paz em 2016, segundo a polícia.

"Exigimos aos organismos do Estado rapidez na investigação e no esclarecimento deste crime que hoje volta ao nosso partido", acrescentaram os rebeldes.

As FARC denunciaram o assassinato de 170 ex-guerrilheiros e membros de seu movimento desde a assinatura do pacto.

Palco de guerra do sangrento conflito colombiano, El Cauca é uma área de disputa entre rebeldes do ELN, dissidentes das FARC e traficantes de drogas pelo controle de colheitas ilícitas e saídas de drogas do Pacífico para os Estados Unidos.

Desde o final de outubro, houve um forte crescimento da violência nessa área, que tirou a vida de pelo menos 18 pessoas, em sua maioria indígenas, de acordo a Defensoria do Povo (Ombudsman).

As autoridades atribuem a maioria dos crimes aos dissidentes, que agem sem comando unificado e estão envolvidos principalmente no tráfico de drogas.

O presidente Iván Duque ordenou no início do mês o envio de 2.500 soldados de elite para combater os grupos armados que operam em Cauca.

Embora aliviada pelo acordo com as FARC, a Colômbia ainda mantém um confronto entre guerrilheiros, paramilitares, agentes estatais e traficantes de drogas, que em seis décadas deixaram mais de oito milhões de vítimas, entre mortos, desaparecidos e desabrigados.


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