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Estado de Minas

Uma Romênia profundamente europeia realiza eleições presidenciais


postado em 08/11/2019 11:07

Trinta anos depois de abandonar o comunismo, a Romênia, profundamente europeia, celebrará no domingo eleições presidenciais nas quais as posturas nacionalistas não têm muito peso.

De acordo com as pesquisas, o presidente de centro-direita Klaus Iohannis, 60 anos, deve ser o mais votado no primeiro turno e conquistar um novo mandato de cinco anos no segundo turno, em 24 de novembro.

Incansável defensor dos "valores europeus", Iohannis concorda com Alemanha e França na maioria das questões europeias, o que irrita vez os governos da Hungria e Polônia.

O segundo lugar será disputado entre a ex-primeira-ministra social-democrata (PSD) Viorica Dancila, recentemente destituída pelo Parlamento, Dan Barna, líder de um partido Pró-europeu criado recentemente (USR), e o ex-ator Mircea Diaconu.

Pela primeira vez desde o retorno da democracia, em 1989, o PSD não tem a certeza de estar no segundo turno.

O PSD - um partido centralizado, muito organizado e presente em todas as regiões do país de 20 milhões de habitantes - governou a Romênia durante a maior parte das três décadas posteriores à violenta revolução de 1989.

Mas seus últimos momentos no poder foram ruins. Em 2015 o partido foi expulso do governo por um protesto popular após o incêndio em uma discoteca de Bucareste que matou 63 pessoas.

O PSD se recuperou no fim de 2016 graças a sua base eleitoral, rural e de idade avançada, mas enfrentou um novo movimento de protesto quando tentou desmontar o sistema judicial, incluindo a legislação contra a corrupção.

Finalmente o governo do PSD foi derrubado em 10 de outubro com moção de censura. Desde a detenção por corrupção em maio do ex-líder do partido Liviu Dragnea, o discurso nacionalista praticamente não existe mais.

Dragnea tinha um discurso de teoria da conspiração e com muitas críticas à União Europeia (UE), bloco integrado pela Romênia desde 2007.

Viorica Dancila, 55 anos, que o sucedeu no comando do PSD, tentou explorar o discurso e se apresentou como a candidata que defende os interesses dos romenos ante Bruxelas.

Ao mesmo tempo, Iohannis transformou a eleição presidencial em uma votação contra os "últimos vestígios de comunismo", em uma referência ao PSD.

O cientista político e jornalista Cristian Parvulescu, afirma que o país é diferente de Polônia Hungria, afetados pelo discurso de soberania, porque o campo pró-UE "se uniu ao redor do presidente Iohannis".


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