Pelo menos 53 soldados e um civil morreram nesta sexta-feira em um ataque perpetrado contra uma posição militar no nordeste do Mali, anunciou o exército, que classificou a ação de "terrorista".
"Após um ataque à posição da FAMA (as Forças Armadas do Mali) em Indelimane, equipes de resgate encontraram 54 corpos, um dos quais era civil", escreveu no Twitter o ministro da Comunicação do país, Yaya Sangare.
O "ataque terrorista" visou um posto militar em Indelimane, na região de Menaka.
Este ataque acontece um mês após a morte de 40 soldados em dois ataques jihadistas em 30 de setembro e em 1 de outubro, perto de Burkina Faso, país situado ao sul do Mali, segundo um responsável do Ministério da Defesa.
O ataque desta sexta-feira deixou "feridos e danos materiais" e "foram enviados reforços" à zona de Indelimane, segundo o exército.
O ataque não foi reivindicado até o momento.
O norte do Mali caiu nas mãos de grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda entre março e abril de 2012, aproveitando a derrota do exército em face da rebelião da maioria tuareg, inicialmente aliada a esses grupos e posteriormente separada.
Os jihadistas foram expulsos após o lançamento, em janeiro de 2013, de uma intervenção militar, por iniciativa da França, que continua ativa até hoje.
No entanto, a violência jihadista persiste e se espalha do norte para o centro do país, e em direção aos vizinhos Burkina Faso e Níger, muitas vezes se misturando com conflitos intercomunitários que deixaram centenas de mortos.